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17/10/2023 às 19h33min - Atualizada em 17/10/2023 às 19h45min

Envolvidos na morte do médico Bruno Calaça serão submetidos a júri popular

A data do julgamento ainda não foi definida, mas ainda pode ser esse ano

Dema de Oliveira

 
A Justiça determinou que o ex-policial militar Adonias Sadda irá a júri popular pela morte do médico Bruno Calaça, assassinado dentro de uma boate em Imperatriz. Além dele, outros dois amigos que participaram do crime também serão julgados pelo Tribunal do Júri.

O crime aconteceu no dia 26 de julho de 2021 e imagens de câmera de segurança flagraram o momento do crime. Adonias Sadda, que era soldado da PM, está preso e já foi expulso da corporação.

O juiz Marcos Antonio Oliveira, atualmente respondendo pela 2ª Vara Criminal, entendeu que o ex-policial militar matou Bruno por ‘causas banais, insignificantes, totalmente desproporcionais’ e, diante das provas, decidiu que ele irá júri popular pelo crime de homicídio qualificado, por motivo fútil e mediante emboscada.

Além de Adonias Sadda, também responde pela morte de Bruno Calaça o bacharel em Direito Ricardo Barbalho. Nas imagens que registraram a ação, ele aparece junto com o ex-PM e uma terceira pessoa, o empresário Waldex Cardoso, conversando antes dos três partirem para cima de Bruno. Ambos, Ricardo e Waldex, também irão a júri popular, mas por motivos diferentes. Ricardo também foi acusado de homicídio qualificado, por motivo fútil e mediante emboscada, pois teria instigado e participado de uma abordagem que fez contra Bruno, junto com Adonias.

Nas imagens, o médico aparece sendo revistado por Ricardo, que estaria procurando uma suposta arma (que não foi encontrada), o que levou a uma reação de Bruno, e o posterior disparo de Adonias.

Já Waldex será julgado pelo crime de favorecimento pessoal, por ter ajudado Adonias a sair do local do crime, após o disparo.

Tanto Ricardo, quanto Waldex, respondem pelos crimes em liberdade. A data do júri popular de todos os envolvidos no crime, no entanto, ainda não foi marcada.

Em dois depoimentos à polícia, Adonias Sadda afirmou que o tiro disparado contra o médico foi acidental. Entretanto, o laudo do exame do corpo de delito feito no soldado desmentiu a versão apresentada pelo PM.

O exame foi realizado logo após o soldado da PM ter prestado um novo depoimento. O soldado disse ter sido atingido por um chute de Bruno Calaça, antes do disparo.

De acordo com a Polícia Civil, o laudo mostra que não há compatibilidade entre a lesão apresentada pela PM e o relato prestado por ele. Segundo a Delegacia de Homicídios, a versão foi confrontada com trechos do depoimento e cenas da câmera de segurança que registrou o crime.
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