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31/08/2023 às 19h06min - Atualizada em 31/08/2023 às 19h15min

G. Dias diz que Plano Escudo estava acionado, mas não foi cumprido

Plano define o protocolo de defesa do Palácio do Planalto

Agência Brasil
Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias - Foto: Lula Marques/Agência Brasil
 
O protocolo de ações para a defesa do Palácio do Planalto, o chamado Plano Escudo, estava ativo no dia 6 de janeiro, mas não foi colocado em execução no dia 8 de janeiro, segundo o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Gonçalves Dias.

“Reafirmo: o Plano Escudo do Planalto estava ativado e operante por determinação minha. Deixei o Palácio por volta de 18h [do dia 6 de janeiro]”, afirmou à CPMI dos Atos Golpistas, nesta quinta-feira (31).

O Plano Escudo envolve diferentes órgãos de segurança, civis e militares, do Distrito Federal e da União. Segundo G. Dias, como o plano estava ativo, ele poderia ser colocado em operação em caso de ameaças ao prédio.

Ao chegar ao Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro para verificar a situação, o general Gonçalves Dias disse que não viu os bloqueios do Plano Escudo montados e encontrou o general Carlos Penteado, o ex-secretário-executivo do GSI.

“Perguntei a ele por que o bloqueio na frente do Palácio, que deveria ter sido feito pela Polícia Militar do Distrito Federal, não havia sido montado. Aquele era o bloqueio do Plano Escudo do Planalto e tinha que estar montado”, destacou. Dias completou que, sem respondê-lo, o general Penteado saiu para montar o bloqueio.  

Fotos - A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), apresentou, em seguida, fotos da Praça dos Três Poderes momentos antes da invasão, mostrando que não havia qualquer bloqueio em frente ao Palácio do Planalto, conforme previa o Plano Escudo.

As fotos das câmeras de segurança do prédio mostraram que não havia policiais militares em frente ao Palácio nem às 13h, nem às 14h, nem às 15h do dia da invasão. As primeiras grades foram derrubadas no Congresso Nacional logo após às 15h.

Eliziane perguntou a G. Dias se o efetivo do Batalhão da Guarda Presidencial presente no Palácio do Planalto poderia impedir a invasão do prédio sem os bloqueios anteriores que deveriam ter sido feitos pela Polícia Militar. “Mesmo que se colocasse o efetivo máximo de um batalhão, previsto no Plano Escudo do Planalto, com 5 mil manifestantes e a horda sendo despejada lá, só se a senhora utilizasse munição real que conteria isso daí”, respondeu.

G. Dias disse ainda que somente depois que chegou ao Palácio do Planalto foi que pediu reforços ao general Dutra, na ocasião o Comandante Militar do Planalto. “O general Dutra conseguiu enviar mais duas companhias. A primeira chegou às 16h40 e a segunda chegou às 17h15, respectivamente”, afirmou.

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