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25/07/2023 às 17h39min - Atualizada em 25/07/2023 às 17h45min

Grupo suspeito de fraudar o INSS para obter benefícios de pessoas mortas é alvo de operação da PF no Maranhão

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Presidente Médici.

Assessoria/Polícia Federal
Polícia Federal durante a Operação Ressurreição realizada em Presidente Médici - Foto: Assessoria/Polícia Federal
 
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (25), uma operação de combate a um esquema criminoso especializado na prática de fraudes contra a Previdência Social. Ao todo, foram cumpridos dois mandados judiciais de busca e apreensão em Presidente Médici, a 700 km de Imperatriz.

Segundo a PF, em março de 2020 um inquérito policial teve início por meio da força tarefa previdenciária do estado do Maranhão. Essa investigação resultou na descoberta de um esquema criminoso especializado em fraudes contra a Previdência Social, focando principalmente na obtenção indevida de benefícios previdenciários em nome de pessoas falecidas. Com a aquisição ou roubo dos documentos dos beneficiários já falecidos, os golpistas conseguiam manter os benefícios ativos por tempo indeterminado.

Ao todo, 11 policiais federais participaram da operação em Presidente Médici. Dentre as medidas cautelares deferidas, constam, ainda, a autorização para o afastamento do sigilo bancário e fiscal do principal investigado.

Durante a operação desta terça, denominada Ressurreição, foram apreendidos joias, dois veículos - sendo uma motocicleta e um carro de luxo -, uma arma de fogo não registrada, além de vários cartões de pagamento de benefícios em nome de terceiros, comprovantes de saques e empréstimos consignados em conta de benefícios previdenciários em nome de terceiros.

De acordo com os cálculos efetuados pela Coordenação de Inteligência Previdenciária (Coinp), em apenas seis benefícios identificados, o prejuízo inicialmente apontado é de R$ 287 mil, entretanto, segundo a PF, há previsão do valor ser ainda maior após a análise dos materiais recolhidos.

Os envolvidos estão sendo investigados pela prática dos crimes de estelionato previdenciário, associação criminosa e lavagem de dinheiro (artigos 171, §3º, art. 288, ambos do Código Penal e art. 1º da Lei nº 9.613/98), cujas penas de reclusão variam de um ano e quatro meses a 20 anos.

O nome da Operação é uma referência ao modus operandi do esquema criminoso investigado, uma vez que os benefícios eram reativados após o falecimento do segurado titular.

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