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08/05/2023 às 13h59min - Atualizada em 08/05/2023 às 13h59min

Brasil supera dificuldades e conquista ouro inédito na Challenge Cup

Equipe superou potências na modalidade como Espanha (prata) e Itália (bronze) na etapa de Portimão (Portugal), e segue ascendendo no cenário mundial. Nesta temporada, o país já subiu ao pódio duas vezes.

Da Assessoria
Confederação Brasileira de Gisnática*CBG
País superou potências como Espanha (prata) e Itália (bronze) - Fotos: Divulgação/CBG

  
E a Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica não para de empilhar conquistas históricas. Neste domingo, o conjunto comandado pela treinadora Camila Ferezin alcançou outro feito inédito – a primeira medalha de ouro numa etapa da FIG World Challenge Cup, em Portimão, Portugal. Com uma apresentação praticamente irretocável, o Brasil recebeu apoio do público lusitano, que bateu palmas ritmadamente e depois vibrou muito ao final da apresentação. Graças a tudo isso, Duda Arakaki, Nicole Pircio, Giovanna Silva, Victória Borges e Sofia Madeira (Julia Kurunczi como reserva) foram premiadas com a nota 34.600, superando as duas potências que completaram o pódio – a forte Espanha (34.450), e as favoritas italianas (33.800), que cometeram um erro bem visível no final da apresentação, e tiveram que se contentar com um bronze.

“Estamos muito felizes, por toda a trajetória nesta competição. Não competimos bem no geral, o que abalou o grupo, porque treinamos muito, e mesmo assim apresentamos falhas em demasia. Ontem, ficamos até 1h da manhã conversando. Disse às atletas que a final do conjunto simples era a nossa última chance. Era como um leão caçando na savana. Ou abatíamos uma presa ou morreríamos de fome. Felizmente, elas conseguiram fazer uma apresentação sem erros visíveis. A gente sabe que, se não falharmos, vamos ao pódio. Hoje, no caso, além disso, ainda conseguimos o ouro, o que não esperávamos, porque foi a vez de a Itália errar. Certamente, esse resultado vai fortalecer a confiança de todas, para nos mantermos firmes nessa caminhada”, disse a treinadora Camila Ferezin.

Camila explicou as dificuldades enfrentadas pelo conjunto. “A Sofia Madeira não está 100% e tem treinado só em um período. Para poupá-la, nós a colocamos só na série de cinco arcos. Na outra série, utilizamos a Julia, e é normal ter problemas de sintonia e de execução com uma ginasta nova. Hoje, elas acertaram tudo. Quando apresentamos a coreografia toda limpa, somos uma equipe muito competitiva”.

Camila não deixou de reconhecer o apoio da torcida portuguesa. “Acho que por causa da proximidade dos dois povos, os portugueses adotaram a nossa equipe e nos abraçaram. Esse apoio e a vibração deles deram um caráter apoteótico à conquista”, acrescentou a treinadora.

A consagração em Portimão deu fim a uma viagem bem conturbada. O grupo levou quatro dias para conseguir chegar ao local da competição, com o cancelamento de vários voos da TAP devido a uma greve. A equipe viajou de carro de Aracaju até Salvador. Na capital baiana, receberam a notícia do cancelamento do voo. Em seguida, voaram até São Paulo, onde pegaram um voo da KLM até Amsterdã. Lá, depois do cancelamento de um voo da TAP, finalmente conseguiram viajar até Lisboa – mas perderam a conexão para Faro, só conseguindo embarcar no dia seguinte.

“Foi uma saga a nossa viagem. Normalmente chegamos com antecedência e realizamos treinos no local da competição desde a segunda-feira, para adaptação. Fizemos alguns alongamentos e treinamentos preventivos em aeroportos para não termos problemas. Toda essa dificuldade deu um sabor ainda mais gostoso à conquista, e passar por cima de tudo isso torna a gente ainda mais forte”, arremata Camila.

Fazendo uma ponderação sobre o significado da conquista, Camila observou que o Brasil superou vários concorrentes que se situam em seu mesmo escalão técnico, como França, Espanha e Azerbaijão.

“É uma etapa da Challenge Cup e nem todas as equipes disputam todas. Entre os adversários fortes, ficaram de fora Israel e China, além da Bulgária, que não vem em grande fase. Mas a gente olha para a nota e ela é alta em qualquer competição. Nesta etapa, a banca foi muito criteriosa. Por tudo isso, esse é um grande resultado sim para a GR do Brasil”, diz a chefe da comissão técnica do Brasil.

Individual. No individual, Geovanna Santos, a Jojô, fez uma apresentação vibrante, ao som de “Rajadão”, de Pablo Vittar, e também recebeu a ovação do público português. Uma falha na recuperação da fita, no final da apresentação, no entanto, acabou por reduzir a nota, que foi de 28.400. Com isso, a capixaba ficou na sexta colocação.

Seleção Brasileira de Conjunto

  • Giovanna Silva
  • Maria Eduarda Arakaki
  • Nicole Pircio
  • Victória Borges
  • Sofia Madeira
  • Julia Kurunczi

CONJUNTO SIMPLES – 5 ARCOS

1) BRASIL – 34.600
2) Espanha – 34.450
3) Itália – 33.800
4) Azerbaijão – 32.150
5) México – 30.800
6) Japão – 30.600
7) Alemanha – 29.050
8) França – 27.750
 

FINAL INDIVIDUAL – MISTA

1) Darja Varfolomeev – Alemanha – 31.200
2) Helene Karbanov – França – 30.500
3) Elzhana Taniyeva – Cazaquistão – 30.300
4) Alexandra Agiurgiuculese – Itália – 30.100
5) Evita Kriskenas – EUA – 29.850
6) GEOVANNA SANTOS DA SILVA – BRASIL - 28.400
7) Margarita Kosolov – Alemanha - 28.100
8) Sofia Maffeis – Itália – 27.050

 

A Confederação Brasileira é patrocinada pelas LOTERIAS CAIXA.


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