A guerra contra a Covid e meu agradecimento pela vida aos funcionários do Hospital Materno Infantil

"A vida nunca mais será a mesma. Estamos todos afetados pela Covid-19, esse mal que invadiu todas as fronteiras do mundo de maneira avassaladora, sem escolher sexo ou idades. Nem raça, nem religião. Agradecer pela vida é uma alegria. Estou vivo! E devo, primeiro a Deus, que foi quem me deu a vida e sempre foi meu baluarte, e segundo, aos funcionários do Hospital Materno Infantil.

Estive 8 dias na UTI e no meu caso citar todos os nomes que cuidaram de mim é impossível. De antemão quero pedir perdão a quem deixar de citar, de lembrar, mas peço encarecidamente, sintam-se citados através dos nomes aqui lembrados: Aldebaran, Camila e Thyago (fisioterapeutas), Dr. Marcelo, Dr. Macário, Dr. Yuri, Dr. Raimundo (anestesiologista). Meu filho, Dr. Rômulo Sérgio, ‘minha nora’, Dra. Magali, Rayssa e Vânia. Foram tantos… inclusive, uma morena linda, grandona, que parece exercer cargo de chefia. Um amor de pessoa.

Mais importante também, quero lembrar, é a memória que trago comigo, dos rostos acolhedores, dos gestos amigáveis, das vozes fraternas. Esse conjunto – rosto, voz e gestos – jamais esquecerei. Carregarei comigo onde for. Dele falarei, por gratidão, até o último dos meus dias. 

Estar em uma UTI é uma experiência que nos afeta. É terrível! Pensar que nunca mais veria o sol. Nunca mais veria meus filhos, meus familiares. Ver pessoas morrendo, saindo mortas, sem direito a velório. É um turbilhão entre a morte e a vida, entre o desespero e a esperança.

Oito dias na UTI. Oito longos dias que mais pareceram uma eternidade. É uma guerra. Deixo aqui o meu alerta: CUIDEM-SE! A pandemia não acabou. Já estamos a ouvir, falar em uma Segunda Onda. Não há porque duvidar. Há porque se cuidar!

Estou de volta à vida! Estou de volta à vida, na minha Imperatriz. Graças, repito aos funcionários do Hospital Materno Infantil, e meu pai, Deus, que nunca me abandonou. Desejo vida e saúde a todos!"