16/02/2023 às 22h01min - Atualizada em 16/02/2023 às 22h01min
PF mira quadrilha que aplicou golpes milionários em prefeituras do Tocantins e outros estados
13 mandados de busca e apreensão em 5 estados: além do Tocantins, Maranhão, Piauí, São Paulo e Distrito Federal
Assessoria
Finalidade é avançar nas investigações e apurar atuação de organização criminosa que fraudou mais de R$ 1,9 milhão, em janeiro de 2022, de contas bancárias de prefeituras em diversos estados - Foto: Divulgação / Polícia Federal
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (16/2), a operação Cyber Impetum, para dar cumprimento a 13 mandados de busca e apreensão nos Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins, São Paulo e também no Distrito Federal.
Conforme a PF, a operação tem por finalidade avançar nas investigações voltadas a apurar a atuação de uma organização criminosa responsável por fraudar mais de R$ 1,9 milhão, em janeiro de 2022, de contas bancárias de prefeituras municipais de diversos estados.
De acordo com os dados apresentados pela instituição financeira lesada, o grupo criminoso, com uso de engenharia social, realizou acessos e transações fraudulentas, ocasionando prejuízos financeiros aos clientes - pessoas jurídicas, órgãos e entidades governamentais.
Após a obtenção dos dados bancários, membro da organização realizou operações pela internet, efetuando transferências eletrônicas para contas bancárias diversas.
Além dos clientes que formalizaram o registro de ocorrência ilícita junto à instituição financeira, também foram identificados acessos, que ocorreram em contas de diversos outros clientes que até o momento não registraram contestações. Tal informação indica que o dinheiro desviado pelos criminosos pode superar o montante identificado até o momento.
Também estão sendo executadas ordens judiciais de apreensão e bloqueio de bens e valores voltados à descapitalização da estrutura criminosa, com a finalidade recuperar os ativos desviados.
São investigados os crimes de organização criminosa, furto qualificado mediante fraude em ambiente cibernético e lavagem de dinheiro.
O nome da operação, Cyber Impetum, é inspirado na expressão em latim que significa ataque cibernético, visto que a investigação identificou atuação dos criminosos que se dedicam a praticar furtos em contas bancárias, atacando de forma cibernética.
Foram cumpridos os seguintes mandados:
12 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão em Anápolis; 1 mandado de busca e apreensão e 1 de prisão em Goiânia; 1 mandado de busca e apreensão e 1 de prisão em Redenção, no Pará; 1 mandado de prisão em São Luís, no Maranhão.
Divisão de Investigação e Operações Especiais da Polícia Federal
A Operação Cyber Impetum marca o surgimento da Divisão de Investigação e Operações Especiais dentro da estrutura da Coordenação Geral de Combate a Crimes Cibernéticos da Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal (CGCIBER).
A operação é mais uma ação decorrente do Acordo de Cooperação Técnica PF x Febraban de repressão às fraudes bancárias eletrônicas.
O combate aos crimes cibernéticos é uma prioridade da Polícia Federal, em linha com as diretrizes do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e que ganha a devida relevância e estrutura com a criação da CGCIBER.