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16/11/2022 às 21h08min - Atualizada em 16/11/2022 às 21h08min

Carta assinada por Wanderlei Barbosa e outros governadores é entregue à presidente eleito e evoca cooperação pela Amazônia

Na carta, nove governadores signatários afirmam que é necessário desenvolver uma nova cooperação entre os Estados da Amazônia Legal e o Governo Federal

Kaio Costa
Secom/TO
Governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, juntamente com os demais governadores que formam o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento da Amazônia Legal - Foto: João Di Pietro/Governo do Tocantins
  
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, juntamente com os demais governadores que formam o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento da Amazônia Legal, entregou ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva a carta de compromisso comum de transição climática para a Amazônia, nesta quarta-feira, 16. A entrega foi feita pelo governador do Pará, Helder Barbalho, em Sharm el-Sheikh, no Egito, durante painel de economia sustentável na 27ª edição da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas - COP 27.

Wanderlei Barbosa entende que o documento auxilia na comunicação entre poderes e possibilita orientar as ações empreendidas na preservação ambiental. “A carta conta com todas as propostas de desenvolvimento sustentável da região, previstas pelos governadores que a assinam. Agora, precisamos buscar o apoio do Governo Federal brasileiro, de países e empresas internacionais interessadas”, projetou o governador do Estado do Tocantins. A carta foi assinada pelos nove governadores que compõem o Consórcio.

No documento, os gestores afirmam que o modelo vigente no Brasil, baseado em questões econômicas, “trouxe o custo de ser ambientalmente devastador e socialmente excludente”, portanto, faz-se necessário desenvolver uma “nova cooperação entre os Estados da Amazônia legal e o Governo Federal”. Conforme a carta, essa cooperação deverá ser orientada pela ciência, estabilidade e reforço institucional.

Ao ler a carta entregue pelos governadores, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que assinaria o documento “sem problema nenhum” e continuou: “é mais do que justo que nós recuperemos a aliança dos entes federativos do Brasil para que o Governo Federal governe em comum acordo com os Estados”.

Os nove governadores destacaram, ainda, a complexidade que é a Amazônia, ao citarem que é uma região de “superlativos, contradições, desafios e oportunidades” devido ao seu “espaço multicultural”, e acrescentam que “a riqueza dos seus recursos naturais foi o motor, em diferentes momentos históricos, do desenvolvimento econômico e da projeção geopolítica do Brasil”.

Um dos objetivos salientados na carta é a conciliação entre os poderes estadual e federal na busca comum de redução na emissão de gases. Para tanto, é solicitado investimentos para a reversão e adaptação do modelo de atividade econômica no sistema produtivo brasileiro como um todo.

“Que isso passe por uma construção em que se tenha o tripé da fiscalização, do monitoramento e do controle; do pilar da regulamentação fundiária e ambiental; e o pilar econômico; que perpassa pela monetização da floresta em pé, perpassa pela reafirmação das vocações dos estados devam ser atrelados à sustentabilidade. E com isso possamos assegurar o equilíbrio em que estejamos olhando três palavras chaves: pessoas, economia e floresta”, destacou o governador do Pará, Helder Barbalho, que foi o responsável pela entrega da carta de compromisso.

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