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03/09/2022 às 19h16min - Atualizada em 03/09/2022 às 19h16min

O fantasma da reprovação escolar

Um bom desempenho escolar é muito importante para a integração da personalidade infantil e o desenvolvimento da autoestima, principalmente neste momento pandêmico que estamos vivendo.

Da Redação
GB Edições
Nos meses mais severos da pandemia, muitos alunos ficaram sem ter aulas adequadamente, apesar do esforço empreendido pelas escolas e professores. Agora torna-se necessário oferecer à criança todas as condições para atingir o desempenho adequado. No entanto, os especialistas alertam para o fato de que cada pessoa tem seu próprio ritmo de crescimento, compreendendo várias etapas.

Os estudiosos da Educação advertem que, além da falta de empenho, outros problemas podem ser causa do rendimento escolar insatisfatório e até de reprovação. Fatores como a atuação do professor, a estrutura e o funcionamento do ensino, o material didático e a própria ação dos pais devem ser considerados como decisivos no processo.

O primeiro passo é identificar os problemas e delinear um plano de ação para ajudar a recuperar a vontade de aprender. É bom lembrar que muitas vezes o problema não está na escola e nos colegas, mas em casa quando a família se desestrutura devido a problemas de relacionamentos, financeiros e perda de entes queridos.

É natural que os pais tenham sentimentos como decepção, impotência, fracasso, raiva e desânimo diante da tão temida reprovação. O problema é que, sem conseguir pensar com clareza, eles muitas vezes expressam esses sentimentos, passando a desfiar uma lista de castigos e punições que acabam com a alegria de toda a família no fim de ano, sem de fato resolver o problema.

Sem se sentir apoiada e ajudada pelos professores e pais, a criança, mesmo a mais inteligente, aos poucos vai se convencendo de que é incapaz de aprender. A criança termina o ano escolar sentindo-se humilhada e fracassada, certa de que não conseguiu êxito porque é menos dotada, inferior aos outros. Este é o momento em que ela mais precisa da compreensão e apoio dos pais, e da segurança do seu afeto. Passado o choque, é preciso deixar que ela usufrua as férias e, depois, construir com ela um plano de ação, acompanhando sua execução no ano seguinte.

Implicâncias entre colegas, inclusive pela Internet e celular, fazem parte da vida escolar. O que preocupa é quando a implicância termina em agressão física e moral e está dirigida a um só aluno por longo período. Estudo recente concluiu que 40% dos estudantes brasileiros praticam ou sofrem esse tipo de perseguição na escola.

Os pais precisam ficar atentos ao comportamento dos filhos. Os sinais de que algo vai mal no ambiente escolar são o estudante preferir ficar trancado no quarto a sair com os amigos; ele raramente é convidado para uma festa da escola; suas notas pioram; ele quer trocar de escola sem nenhuma razão convincente; antes de ir ao colégio, transpira muito e tem dores de barriga ou de cabeça; ele manifesta o desejo de mudar algo em sua aparência.

A direção da escola e professores também têm responsabilidades, eles devem estar atentos ao comportamento dos alunos e impedir atitudes que causam danos emocionais e a consequente queda no desempenho.  
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