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13/05/2022 às 22h34min - Atualizada em 13/05/2022 às 22h34min

O CÓDIGO DA VIDA

Elson Araújo
 
Todo mundo antes de morrer deveria escrever um livro especial, para depoisincluí-lo em um outro maior que poderia ser chamado de o Código da Vida. Um documento poderoso com as histórias de cada um. As Experiências boas, e as ruins também. Os erros e os acertos, sucesso e insucessos enfim, relatos da vida que servissem de baliza para as gerações vindouras. Assim, quando do enfrentamento de uma situação ruim, bastaria uma leitura do código para se ter uma ideia, ou uma pista sobre como vencer uma situação que se apresente difícil, ou aparentemente impossível de se resolver.
 
Esse códexseria muito fácil para se justificar. É fato, vivemos na era das grandes fragilidades humanas onde é regra:  no menor indicio de dificuldade, a desistência de uma batalha ser o caminho, antes mesmo do fim de uma guerra que poderia ser vencida.  O jogar de toalha tem vindo cada vez mais antecipado.

O código da vida viria como um auxiliar para ajudar a levantar os caídos e motivar os prestes a desistir. Reflita sobre a riqueza monumental que seria esse livro com o registro das experiências reunidas ali por bilhões de pessoas. Certamente um grande legado para a humanidade afinal, já passamos dos sete bilhões de terráqueos.
 
Eu e você sabemos que esse utópicocódigo da vida nunca será escrito, porque pela sua dimensão não haveria espaço físico ou cibernético suficiente para abrigá-lo. Trata-se apenas de uma divagação de quem toda semana libera a mente para especular temas para a crônica nossa de todas as semanas. Confesso que gostei da ideia de fazer, mesmo que superficialmente, essa abordagem. Chamar a atenção para o problema crescente da diminuição da capacidade humana de resistir aos problemas. O que muita gente chama de falta de resiliência, frequente objeto de estudo da sociologia.   

A Sociologia ao longo dos anos tem se dedicado ao estudo das gerações e suas características. Cada uma com suas características positivas e negativas.  Tomemos por exemplo a geração Y.  Aqueles hoje entre os 25 e os 40 anos de idade.

Os sociólogos designam de geração Y os nascidos no começo da década de 1980 até meados dos anos 1990. Como semprehá exceções, mas os estudos da matéria demonstram que embora os filhos dessa geração sejam proativos, tenham apreço a novas experiências, apresentem um certo grau de engajamento nas causas sociais, se apeguem a valores morais e fidelidade aos propósitos, são instáveis emocionalmente, ansiosos, apresentam falta de foco, dificuldade para em criar raízes e ausência de resiliência. Essa bendita falta de resiliência é um sério problema!

Resiliência, segundo os dicionaristas, é a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas – A um choque, estresse ou algum tipo de evento traumático. Da ausência dessa capacidade decorrem uma série de outros gravames, alguns até com final trágico.

Não li nada a respeito ainda, mas há de se presumir que esse lado negativo da geração Y já possa ter afetado, ou esteja em vias de afetar, as duas outras gerações depois dela a Z, os nascidos a partir de 1997, chamados de nativos digitais, e a geração Alfa, as crianças de hoje. Isso não deixa de ser uma preocupação, atéporque eles “herdarão a Terra”.

Voltando a divagar: o   “código da vida”, o livro, poderia ajudar no enfrentamento dessa a situação. As histórias das gerações passadas, de homens e mulheres forjados a ferro e fogo, ali contadas, poderiam ser lidas e servir de exemplos para as linhagens de hoje e do futuro.  Como o livro não existe e jamais existirá, é preciso, já conhecendo a existência do problema, que se encontrem ferramentas para enfrentá-lo.
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