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14/04/2022 às 22h23min - Atualizada em 14/04/2022 às 22h23min

TRANSFUSÃO DE SORTE

Elson Araújo
 
Existe sorte? E se existe, é possível construir a própria sorte? Ela dependeria de elementos externos ou internos?  Haveria a possibilidade, diante de tantos avanços tecnológicos, de se construir no futuro uma “máquina de transfusão de sorte”?  Imagine aí a importância de uma ferramenta dessa colocada, não a disposição de poucos, mas de uma grande massa que dela acredita precisar.

Quem no futuro reunirá as condições para construir a primeira máquina de transfusão de sorte da humanidade? Acredito que um grande desafio desse abençoado seria depois convencer os afortunados da Terraaaceitarem dividir a sorte com quem não a tem. Feito esse convencimento, com a sorte,hipoteticamente, sendo compartilhada, não resta dúvida que a condição de vida de milhões de terráqueos viria a melhorar.

Enquanto a máquina de transfusão de sorte não é inventada, pense aí leitor, se não for pedir muito: a sorte estaria ligada às escolhas que cada uma faz ao longo da vida? Àquele famoso livre arbítrio, tão proclamado pelas religiões?

Ei! Quem sabe a sorte não estaria conectada ao pensamento positivo ou viria dasuposta lei da atração, que ficou famosa no filme o Segredo, do diretor Drew Heriot, baseado no livro homônimo de RhondaByme.E aí, o que você acha?

Percebo, assim de cara, que não é uma resposta fácil. Não há uma resposta pronta porque tudo depende de cada situação que se apresenta, e do que cada um acredita. O cantor Fernando Mendes já cantava essa verdade. Se não estiver engando, música dos anos 1970

 
[...] Não adianta um pé de coelho no bolso traseiro
Nem mesmo a tal ferradura suspensa atrás da porta
Ou um astral bem maior que o da noite passada
Pois toda sorte tem quem acredita nela

Amanheci a terça-feira, 12, com essa coisa de sorte na cabeça foi quando o meu universo, sempre aberto, sugeriu este texto.  Agradeci,e agora ei-lo nas páginas de O Progresso nesta sexta-feira santa

E o que é a sorte?  Pelo que se sabe sua definição costuma variar de acordo com o contexto emocional, filosófico, religioso ou místico, mas no geral é conceituada como uma força invencível a que se atribuem o rumo e os diversos acontecimentos da vida. Para alguns, sorte seria o mesmo que destino.

Na realidade do dia a dia o conceito de sorte para uma grande maioria, seria conquistar o emprego dos sonhos, ou aquela ocupação que viesse garantir a estabilidade, ou a garantia do mínimo existencial com a conquista do pão nosso de cada dia.

Para outros, ganhar na loteria seria o sinônimo de sorte.  Menos na condição daquele que acertou namega e a TV mostrou que a esposa ambiciosa mandou matá-lo, para gastar tudo com o amante. Exemplo de que, se existe, a sorte nem sempre é sorte de verdade.

Ganhar uma,  duas, 20 vezes na loteria é sinal de sorte? No Maranhão tem uma cara assim. O cantor milionário do Brega, já ganhou três vezes. Nacionalmente a sortuda mais conhecida é a Paulinha Leite, aquela do BBB 11 que ganhou 57 vezes em loterias diversas. É sorte ou coincidência? O espaço vai acabar e não consigo construir uma resposta para esta pergunta.

O bom mesmo seria se a invenção da máquina de transfusão de sorte fosse logo concretizada. Se uma Paulinha dessa aceitasse o desafio da transfusão seria uma benção! Imagine aí essa sorte transferida para os mais de 13 milhões de desempregados hoje no País. Um emprego com todas as garantias legais já seria tirar a sorte grande.
Infelizmente, considerando sua possível existência, os fatos demonstram que a sorte como um fenômeno é para poucos.  Para bilhões de seres humanos ela vem mesmo “ é com muitosangue, suor e lágrimas”

Se a sorte existe e é fenômeno para poucos, se é personalíssima, se ainda não pode ser   transferida, imagino que ela pode ser construída.  Como Elson Araújo?  Neste contexto recorro a Guimarães Rosa que ensina que “o que a vida quer da gente é coragem”

Coragem, está aí o que seria para mim o primeiro passo para se construir um castelo de sorte. Coragem para, entre outras coisas, a gente não sofrer com as escolhas erradas. Se já ocorreram, paciência, é olhar para frente e analisar bem as próximas para que, se forem erradas, que as consequências sejam a menores possíveis, e que no mínimo seja possível aprender alguma coisa com elas.

Obviamente que para ganhar nas loterias é preciso jogar. Do mesmo modo imagino que para começar a construir a sorte é preciso ousar, ter coragem.  Não se perde nada com isso.  Este me parece ser o caminho mais adequado para atraí-la. Coragem para dar costas para o azar, coragem para se renovar de forma planejada, focar nas boas escolhas, persistir na luta pelos objetivos pretendidos. Enfim, oferecer o melhor que a gente tem.  Dessa forma, podeser quenossa sorte seja construída e ela sorria pragente.
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