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30/09/2023 às 00h00min - Atualizada em 30/09/2023 às 00h00min

Nailton Lyra Escreve

NAILTON LYRA

NAILTON LYRA

O Doutor ​NAILTON Jorge Ferreira LYRA é médico e Conselheiro do CRM/MA e Conselheiro do CFM representando o Estado do Maranhão

Calor e Saúde

Uma massa de calor excepcionalmente quente fez com que enfrentássemos temperaturas mais altas que a média normal que se registra para essa época, final de inverno e início de primavera.
 
Os registros mostraram temperaturas altas de maneira excepcional nas cinco regiões do país com quebra de recordes estabelecidos.
 
Nos estados do Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul os termômetros superaram 45º C em algumas localidades.
 
Embora os brasileiros estejam adaptados a temperaturas altas a situação ocorrida é, particularmente, perigosa devido a sua intensidade.
 
Estar exposto nos horários de pico do calor entre as 11 e 16 horas, pode causar alterações no nosso organismo que oferecem riscos à saúde, principalmente em grupos fragilizados como idosos e crianças.
 
Quando estamos expostos a temperaturas extremas ocorre uma série de adaptações fisiológicas para regular a nossa temperatura interna, a primeira reação para dissipar o calor vem através do suor e dilatação dos vasos sanguíneos periféricos liberando calor para o meio ambiente. Nas temperaturas muito altas, especialmente com umidade alta, IMPERATRIZ, esse mecanismo de resfriamento pode se tornar ineficaz com superaquecimento corporal, insolação e danos aos órgãos.
 
Ocorrem adaptações como o aumento da frequência cardíaca e o aumento da pressão arterial. O suar excessivamente pode produzir câimbras devido a perda aumentada de eletrólitos pela sudorese excessiva, a sede intensa e a fadiga.
 
Tonturas, náuseas e vômitos podem aparecer e se o excesso de calor não for aliviado esse quadro pode evoluir para o choque térmico com confusão mental, alucinações, convulsões, falência de múltiplos órgãos e óbito.   
 
O The Lancet, publicação médica respeitável, informa um aumento da mortalidade em pessoas de mais de 65 anos nos últimos 20 anos pelo calor foi de 53,7 %.
 
Na Europa em 2022 ocorreram 61.672 mortes atribuíveis ao calor entre 30 de maio a 4 de setembro de 2022.
 
Os riscos maiores são para pessoas com comorbidades e crianças. Os trabalhadores ambulantes são grupos importante de risco e os pacientes que usam diuréticos que aumentam a perda de água pela urina.  

Como proteger do calor intenso

  • A palavra de ordem é HIDRATAÇÃO pela ingesta aumentada de líquidos, mas proteja também pele narinas e olhos com cremes e colírios.
  • Mantenha sua casa fresca com a temperatura abaixo de 32º. C durante o dia e 24º. C a noite, quando possível use o ar noturno para resfriar a casa abrindo janelas.
  • Evite sair durante as horas mais quentes do dia
  • Evite atividades físicas extenuantes
  • Tome banhos frios
  • Roupas leves e folgadas, chapéu e óculos de sol
  • Beber água, evite álcool e cafeína que aumentam a desidratação 

Em Caso de Mal-Estar

  • Procure ajuda se sentir fraqueza, tontura, sede intensa e dor de cabeça, beba água e suco para reidratar 

Em casos de delírio e convulsões ajuda médica imediata

  • Coloque a pessoa em local fresco deitada com pernas levantadas, inicie compressas frias.
  • Não dar medicamento sem orientação médica. 
Mensagem que fica:
                        PROTEJA-SE DO CALOR ELE PODE MATAR

 
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