Aspartane: outro vilão?
No dia 13 de julho a Organização Mundial de Saúde (OMS), Word Health Organization (WHO) fez comunicado onde declara que os adoçantes artificiais não ajudam na perda de peso e nem atuam na prevenção do diabetes. Um dos principais componentes desses produtos, o Aspartane foi classificado como possível cancerígeno.
Uma bomba, principalmente para o mercado!
Substância muito utilizada em todo o mundo, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) disse que o Aspartane é POSSIVELMENTE cancerígeno para seres humanos. Foi categorizada no grupo 2b onde está também o extrato de aloé vera (babosa!!!!!), as radiações eletromagnéticas e a digoxina (utilizada para quadros de insuficiência cardíaca – coração grande).
Sua inclusão foi porque a Agência Internacional Câncer encontrou evidências (limitadas bem entendido) que ele causa câncer em humanos, mais especificamente o Carcinoma Hepatocelular ( câncer de fígado), lembrando que são evidências limitadas.
Esse trabalho/pesquisa foi realizado em uma parceria do comitê conjunto de especialistas em aditivos alimentares da Organização de Alimentação e Agricultura (FAO). A IARC (Câncer) diz se uma substância é cancerígena ou não e em que grau, a FAO (aditivos alimentares) avalia a dosagem considerada segura.
O que é o Aspartane?
Adoçante artificial desenvolvido na década de 60, 200 vezes mais doce que o açúcar natural, sendo necessário menos grama para atingir o sabor desejado levando aos produtos serem menos calóricos.
O Comitê de especialistas não vê necessidade em alterar o limite máximo de ingesta do adoçante que é de 40 mg/kg de peso. Uma pessoa de 70 Kg pode ingerir 200 mg do adoçante por dia.
É um adoçante extremamente popular, entrando na fórmula de diversos produtos; citaremos os refrigerantes dietéticos (light e diet), chicletes, suco em pó, produtos lácteos como iogurtes, adoçantes de mesa, gelatinas, sobremesas congeladas, pastilhas para tosse, cereais.
E quanto Aspartane tem na Coca-Cola?
Em 100 ml de coca zero tem 12 mg de Aspartane, ou seja, em uma lata de 350 ml tem 42 mg da substância. Já a Coca Light tem 24 mg para cada 100 ml, ou seja, 74,4 mg em uma lata de 350 ml.
E os produtos com Aspartane serão retirados do mercado?
A colocação do Aspartane no grupo 2b de produtos cancerígenos, não significa que ele esteja proibido, o Relatório sobre aditivos mantém a dosagem de 40 mg por quilo de peso como segura.
Imaginem a confusão econômica em retirar os refrigerantes light e diet do mercado.
O INCA (Instituto Nacional do Câncer) recomenda que seja evitado qualquer tipo de adoçante, já que cientificamente não existe comprovação de eficácia e a ANVISA mantêm a recomendação da ingesta de 40 mg segura para os brasileiros.
Então surge a pergunta, Qual é o melhor adoçante?
Adoçantes artificiais devem ser utilizados por pessoas que sejam portadoras de condições de saúde como diabetes do tipo 2, sempre orientado por médico, preferencialmente endocrinologista, ou nutricionista.
Os mais recomendados são os adoçantes naturais derivados de plantas, como o eritritol extraído da cana-de-açúcar e a stevia derivada da planta de mesmo nome.
Nada de pânico, você que utilizou ou utiliza os produtos citados não precisa arrancar os cabelos. Até a babosa foi incluída! CALMA!
Sempre mantenha hábitos saudáveis e procure seu médico para seu Check Up anual.
Cuide-se e sejamos felizes!
