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25/08/2023 às 19h09min - Atualizada em 25/08/2023 às 19h15min

Agosto Laranja: esclerose múltipla, uma doença desconhecida dos brasileiros

Elainy Castro - Cores Comunicação
Foto: Divulgação
 
A atriz Claudia Rodrigues fez muito sucesso ao interpretar vários papéis e marcou ao dar vida à Marinete, na série A Diarista, que foi ao ar entre os anos de 2004 a 2007 na TV Globo. Ao lado da sua amiga Solineuza, vivida pela também atriz Dira Paes, Marinete arrancava sorrisos dos brasileiros a cada episódio. Mas, na vida real, Claudia descobriu a esclerose múltipla no ano 2000 e convive com a doença desde então. No mês de agosto, celebra-se a conscientização a respeito da enfermidade e a área médica se volta para os cuidados em relação à doença para dar mais esclarecimentos a fim de deixar a população mais informada.

De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que cerca de 40 mil pessoas convivam com a esclerose múltipla no Brasil, uma doença autoimune que acomete principalmente jovens adultos, com idade entre 20 e 30 anos.

O neurologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Eustáquio Campos, explica que a esclerose múltipla é uma doença neurológica autoimune, que compromete a bainha de mielina, uma espécie de capa que reveste os neurônios das substâncias branca e cinzenta do sistema nervoso central. Ou seja, o corpo ataca os próprios tecidos. 

“O organismo passa a não reconhecer as células do próprio corpo como normais, e então as ataca. Nesses casos, o diagnóstico é feito a partir de uma suspeita clínica. Então, o profissional solicitará exames que irão auxiliar na confirmação diagnóstica. Inicialmente, a tendência é da solicitação de exame de imagem do sistema nervoso, preferencialmente ressonância magnética. Caso os achados sejam sugestivos, a investigação prossegue, sendo frequentemente indicada a realização de um procedimento denominado de Punção Liquórica Lombar, no qual será retirado o líquido que reveste o sistema nervoso, encaminhando-o para o laboratório”, esclarece.

Os sintomas - Segundo o especialista, os sintomas da enfermidade são variados e dependem do local do sistema nervoso que foi afetado. “Os alvos preferenciais da desmielinização característica da doença (dano à bainha de mielina) são o cérebro, o tronco cerebral, os nervos ópticos e a medula espinhal. Ela pode causar muitos sintomas diferentes, entre eles perda da visão, dor, fadiga e comprometimento da coordenação motora”, afirma.

O tratamento - Ainda segundo o neurologista, o tratamento frequentemente é baseado na reabilitação do paciente, com sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e outros procedimentos, além do uso de medicamentos que suprimem o sistema imunológico, podendo desta forma ajudar a combater os sintomas e retardar a progressão da doença.

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