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14/06/2024 às 19h18min - Atualizada em 14/06/2024 às 19h30min

Empresário Pacovan assassinado com dez tiros

Da Redação
Fotos: Divulgação
 
Na tarde desta sexta-feira o empresário e agiota José Cavalcanti, mais conhecido como Pacovan, foi assassinado na cidade de Zé Doca, interior do Maranhão. Ele teria sido alvejado por 10 tiros, disparados por dois homens encapuzados.O crime ocorreu quando a vítima estava em um posto de combustível de sua propriedade na cidade. Um funcionário dele também foi alvejado. Os criminosos entraram em uma estrada vicinal e tocaram fogo no carro, um Fiat Siena preto. 

Em 2017, Pacovan foi acusado de envolvimento em desvio de mais de R$ 200 milhões dos cofres públicos do Maranhão. De acordo com as investigações da Polícia Civil, por meio da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), ele adquiriu ao menos cinco postos de combustível na capital para operar o esquema — e outros dois em Itapecuru-Mirim e Zé Doca. 
Os recursos eram desviados por meio de contratos fraudulentos firmados com diversas prefeituras do estado. Segundo as investigações, todos os postos de combustível estavam em nome de “laranjas”. 

A fraude foi revelada pela Operação Jenga, que identificou 22 pessoas que estariam envolvidas no esquema criminoso, mas só conseguiu prender 18, incluindo Pacovan.

Em 2021, a 1ª Vara Criminal da Comarca da Ilha condenou os acusados por crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Pacovan, apontado como líder do grupo, foi sentenciado a dez anos, oito meses e 15 dias de prisão. 

Investigações - As investigações tiveram início em 2015 e demonstram a existência de movimentações atípicas praticadas pela organização criminosa desde o ano de 2012. Interceptações telefônicas realizadas até 2017 apontaram a existência das condutas praticadas pelos membros do grupo.

Foram esclarecidos na ação penal o funcionamento de esquema de agiotagem  e o modus operandi da organização criminosa, com recrutamento de pessoas para a constituição de empresas individuais ou em sociedade; branqueamento de capitais de origem ilícita por meio de uma atividade lícita (empresas de revenda de combustível,  material de construção e veículos) que movimentam vultosas quantias de origem ilegal;  revenda de mercadorias não declaradas ao fisco (sonegação fiscal) e atividades paralelas criminosas, como a prática de usura, com envolvimento de políticos ou candidatos a cargo eletivos.

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