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04/06/2024 às 17h48min - Atualizada em 04/06/2024 às 18h00min

Meu filho não come nada! E agora?

Seletividade alimentar pode afetar até metade das crianças em idade pré-escolar

James Pimentel
Assessoria de Comunicação
Foto: Divulgação
 
“Não quero comer isso, não gostei da cor”! “Alimento novo? Nem pensar”! Se o caso do seu filho ou de outras crianças do seu convívio, saiba que o caso pode ser de seletividade alimentar. A condição, caracterizada pela relutância em aceitar certos tipos de alimentos devido ao sabor, textura, odor ou aparência, é comum entre crianças em idade pré-escolar. 

Segundo dados do Jornal Brasileiro de Psiquiatria, estima-se que entre 19% e 50% das crianças apresentam algum grau de seletividade alimentar. Uma dieta equilibrada deve conter alimentos de todos os grupos, como carboidratos, frutas, verduras, legumes e proteínas de origem animal e vegetal. Crianças com seletividade alimentar, porém, podem chegar a aceitar apenas um tipo específico de proteína animal, por exemplo. 

Segundo a coordenadora do curso de nutrição da Facimp Wyden, Priscila Ribeiro, as causas da seletividade alimentar podem ser orgânicas, comportamentais, psíquicas, comportamentais ou dietéticas. “Há causas físicas, como infecções, intolerâncias ou alergias, parasitoses, carências ou deficiências de minerais. Já as causas comportamentais ou psíquicas incluem desordem na dinâmica familiar, desmame e/ou introdução alimentar inadequados e falta de conhecimento dos pais sobre o desenvolvimento do comportamento alimentar da criança”, explica.

Ainda segundo a coordenadora,  as causas comportamentais abrangem monotonia alimentar, introdução alimentar antecipada ou tardia e sem evolução e adequação das texturas, além de experiências desagradáveis com o sabor, aparência, odor e temperatura dos alimentos.

 

Tratamento

A especialista explica que, para cuidar da seletividade alimentar, é essencial criar um ambiente alimentar positivo e oferecer uma variedade de alimentos saudáveis de maneira consistente. “Envolver as crianças na preparação das refeições e oferecer novas comidas junto com as preferidas pode incentivar a aceitação de diferentes alimentos. Nesse ponto, a paciência e a persistência dos cuidadores são fundamentais para ajudar as crianças a desenvolverem hábitos alimentares equilibrados”, ressalta a profissional. 

Compreender as causas e os efeitos da seletividade alimentar também ajuda as crianças a superarem essa fase de desenvolvimento. Segundo Priscila, o melhor modo de tratamento é o apoio familiar e compreensão dos pais sobre a situação. “E possível promover uma alimentação saudável e variada, garantindo o crescimento e o desenvolvimento adequado dos pequenos. Os cuidadores só precisam estar atentos para ensiná-los a se alimentarem bem”, comenta. 

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