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18/08/2021 às 21h13min - Atualizada em 18/08/2021 às 21h13min

​Megaoperação que apura desvio milionário na Saúde cumpre mandados no Tocantins

No total, a operação cumpriu 61 mandados de busca e apreensão em 06 estados e no DF

Da Assessoria
Mandados forma cumpridos também em Palmas - Foto: Ronaldo Mitt/MPTO
 
Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços localizados em Palmas (TO) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Tocantins (Gaeco), nesta quarta-feira (18), na operação Ethon, que foi deflagrada em seis estados brasileiros e no Distrito Federal.

A operação é conduzida pelo MP do Distrito Federal dentro de uma investigação que apura um esquema de corrupção instalado no Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF), que desviou milhões de reais por meio de dois contratos destinados ao fornecimento emergencial de leitos de UTIs no período de março a outubro de 2020 e ocasionou mortes de pacientes por Covid-19.

No total, a operação cumpriu 61 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Amazonas, Bahia, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins. 

Esquema

As empresas contratadas foram a Domed, que forneceu 50 leitos no Hospital Regional de Santa Maria, e a Organização Aparecidense de Terapia Intensiva (OATI), que forneceu 20 leitos no Hospital de Base e outros 10 na UPA de São Sebastião. Todas as unidades de saúde que receberam os leitos localizam-se em Brasília.

Além do superfaturamento de preços ofertados pelas empresas que participaram da seleção e do direcionamento das contratações em favor das empresas Domed e OATI, as investigações também apontaram que as empresas não forneceram insumos, medicamentos e mão de obra na quantidade e qualidade exigidas.

As ilegalidades praticadas tiveram como consequência a ocorrência de altíssimas taxas de mortalidade nos leitos de UTIs de alguns hospitais administrados pelas empresas.

Nome da operação

O nome da operação faz alusão a Ethon, que, segundo a mitologia grega, era o abutre enviado por Zeus diariamente ao monte Cáucaso para devorar o fígado de Prometeu. O fígado de Prometeu se reconstituía completamente para, no dia seguinte, voltar a ser devorado por Ethon.

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