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18/08/2021 às 21h06min - Atualizada em 18/08/2021 às 21h06min

“Pescador” que furtou caixa eletrônico em 3 estados é preso no Tocantins

Mais de 20 furtos em caixas eletrônicos

Assessoria
Foto: DICOM/SSP-TO
 
A Polícia Civil do Tocantins deflagrou, na manhã desta quarta-feira (18), a operação ‘Alligator’ com o objetivo de capturar um homem responsável por mais de 20 ataques a caixas eletrônicos no Tocantins, Goiás e Maranhão.

O homem foi preso em Pequizeiro (TO). Durante a ação, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Delta (MG) e Goiânia (GO), em residências de pessoas ligadas ao criminoso que são suspeitas de lavagem de dinheiro.

Com o suspeito, a polícia encontrou todo o material que era usado para prática do crime, como réguas, fita adesiva, cola, vários envelopes de depósito bancário, além de uma quantia em dinheiro. O preso foi encaminhado à Casa de Prisão Provisória de Guaraí (TO). 

Entenda o crime 

No Tocantins, a investigação se iniciou no mês de maio deste ano a partir da primeira ação do criminoso realizada em Araguaína. Na ocasião, o homem se dirigiu até uma agência bancária e, com auxílio de uma espécie de régua com adesivo na ponta, subtraiu do interior dos caixas eletrônicos 10 envelopes contendo dinheiro e cheques. A técnica é conhecida no meio criminoso como ‘Pescaria’ e ‘Boca de Jacaré’.

Com a investigação iniciada, o homem seguiu em uma sequência de mais 12 ações criminosas no Estado durante os meses de junho, julho e agosto. No dia 23 de maio, ele atacou uma agência de um banco em Palmas. No dia 13 de junho, cometeu o mesmo crime em Guaraí. Nos dias 19 e 20 de junho, o criminoso atacou em sequência quatro agências bancárias de duas diferentes instituições financeiras na capital tocantinense. 

Em julho, o suspeito voltou para Araguaína e cometeu o mesmo crime, findando a sequência de ataques no Tocantins no dia 10 de agosto. Durante esse mesmo período, o criminoso também atuou em duas oportunidades na cidade de Imperatriz (MA). Em 2020, o mesmo criminoso atuou no Estado de Goiás em pelo menos sete ataques contra agências bancárias. 

Segundo o coordenador da operação, o delegado Eduardo Menezes, nesse modelo de atuação, o criminoso se dirige até o caixa eletrônico do banco simulando a realização de um depósito para que a passagem destinada à inserção do envelope se abra.

“Nesse momento é inserido um objeto em forma de régua com uma fita adesiva afixada em sua extremidade. A cola constante na fita em contato com envelope de papel faz com que o mesmo grude na régua, possibilitando, assim, que o marginal possa retirar um a um do interior do terminal. Merece destaque a perspicácia do investigado no que se refere aos dias e horário escolhidos para os atentados. Conforme se infere do exame de todos os boletins de ocorrências registrados, os dias da semana sempre são o domingo e a segunda-feira logo ao amanhecer”, explicou.

A opção pelo domingo e segunda-feira se justifica pelo fato de, nesses dias, o caixa eletrônico se encontrar com uma maior quantidade de envelopes aguardando a conferência e posterior compensação financeira por parte do banco somente na segunda-feira, além da pouca movimentação de clientes durante o período.

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