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18/07/2021 às 00h00min - Atualizada em 18/07/2021 às 00h00min

Livros & Leitura

Da Redação
GB Edições

Trono de Cangalha

Embebido nas referências do sertão nordestino, o escritor sergipano Aroldo Veiga apresenta, em “Trono de Cangalha”, a história de um garoto que nasceu na caatinga e, na vida adulta, leva para a zona urbana a luta iniciada por seus antepassados. No enredo, o cangaço é abordado de forma indireta, por meio de analogias e das memórias do protagonista. Quando criança, Laércio Ramalho deleitava-se com as histórias contadas com proeminência por sua avó, dona Violeta. Jesuíno Brilhante, Lampião, Corisco e Dadá eram, de fato, os únicos heróis na infância do menino nascido em Cansanção, uma pequena cidade do sertão baiano. Não é possível mensurar o quanto esses personagens influenciaram a sua trajetória, mas o fato é que Laércio empunhou armas e, assim como eles, também enfrentou as forças do governo. Com uma trama que se desenrola nas décadas de 1960, 70 e 80, a ficção tem como pano de fundo alguns fatos recentes da história do país, a exemplo do AI-5 e da Guerrilha do Araguaia, estendendo a trama para outras regiões do país. Violência doméstica, solidão urbana, abandono materno e desobediência civil são temas presentes. As abordagens, densas, cedem lugar a contornos suaves em um romance tão comovente quanto o seu desfecho. Aroldo Veiga é apreciador de obras referenciais contemporâneas como “Travessuras da Menina Má”, “Memória de Minhas Putas Tristes” e “Os Desvalidos”. As preferências denotam a originalidade trazida pelo autor em seu romance de estreia, e evidenciam ainda um fino trato com a linguagem. Na escrita fluida e envolvente, o leitor vai encontrar palavras inusitadas para o vocabulário contemporâneo, um requinte a conta gotas, diluído em 240 páginas. O livro tem 240 páginas.

 

Imunidade, intestinos e Covid-19

Se antes as pessoas tinham horror a envelhecer e perdiam parte de suas vidas trabalhando muito para conquistar boas quantias de dinheiro, e com isso acumulavam doenças, atualmente o cenário mudou. Boa parte da população já compreende que a saúde deve vir em primeiro lugar e, provavelmente, a pandemia de Covid-19 pode ter sido um grande trampolim para aqueles que precisavam desacelerar para cuidar mais de si mesmos. A longevidade tornou-se a nova riqueza do homem. E para alcançar este objetivo o caminho é ter uma boa imunidade, segundo a Dra. Denise de Carvalho, autora da obra “Imunidade, intestinos e Covid-19”, publicada pela Editora Pandorga. Diariamente nosso corpo é exposto a milhares de microrganismos patogênicos que podem desencadear incontáveis batalhas dentro de nós, portanto, manter um sistema imunológico adaptativo é de suma importância. Ou seja, enquanto nossas “fronteiras” se recordarem de certos agressores, elas reconhecerão suas estratégias e poderão se defender contra o que possa lhe causar mal. Entretanto, os agressores inéditos podem fazer nosso corpo sucumbir, antes que tenhamos tempo de enviar uma resposta, como o caso do Covid-19. Então, como nos precavermos do desconhecido? Com um sistema imune inato e barreiras físicas, ressalta a Dra. Denise. Composto por substâncias proteicas, células que fazem fagocitose e barreiras físicas, o nosso organismo nos defende nos primeiros dias e até semanas de invasão por um microrganismo, em um processo conhecido como inflamação, que responde de forma rápida e potente. Para nos proteger de agentes nocivos, o corpo conta com “barreiras” físicas entre todo o conjunto que forma nosso organismo, superfícies epiteliais – incluindo as que revestem o pulmão – e o maior órgão exterior, a pele. Dentre tudo isso, a Dra. Denise ressalta a maior interface de todas, o intestino humano, que diariamente filtra o que comemos e bebemos. O livro tem 176 páginas.
 

Fontes do Pensamento de Jacques Lacan 

Um livro idealizado para ser referência em consultas e estudos, quase enciclopédico. “Fontes do Pensamento de Jacques Lacan”  é uma obra intencionalmente formulada por Wilson Castello de Almeida para subsidiar os psiquiatras e psicólogos que se iniciam na jornada de compreender as críticas intelectuais de Lacan, pai da nova psicanálise. Vida, obra e discursos lacanianos como desbravador do homem contemporâneo, a reverência a Sigmund Freud, filósofos e matemáticos que o influenciaram. Apaixonado pela obra e pelas ideias de Jacques Lacan, o psiquiatra apresenta no livro um vasto compêndio das influências culturais, filosóficas, históricas, psicológicas, artísticas e literárias que contribuíram para a formação desse eminente psicanalista. De Platão a Marx, passando por James Joyce, Santo Agostinho e Melanie Klein – e, claro, por Freud –, o autor compõe um retrato profundo e fiel do pensamento lacaniano, sempre guiado por sua erudição e pelo desejo genuíno de oferecer ao leitor uma obra sensível e didática. “O mérito maior do livro é a originalidade da abordagem, que permite um ponto de apoio aos que se iniciam e uma oportunidade de revisão para os mais avançados no tratamento de tais temas. Numa área em que a literatura é abundante, um nicho fecundo foi encontrado”, trecho do prefácio de Francisco Paes Barreto, do livro que tem 224 páginas e está sendo lançado pela Summus Editorial.
 

Escrita Científica Descomplicada

Aproximar a ciência das pessoas. Este é o objetivo de um cientista quando publica um artigo. Ao menos, é o que deveria acontecer. A prática é totalmente diferente: na hora de difundir os achados, muitos não ganham a visibilidade que deveriam. Neste momento, todos perdem: cientistas, ciência e sociedade. Para ajudar a comunidade científica a não incorrer no erro, o doutor em Ciências e professor universitário Aldo Fontes-Pereira lançou o manual: “Escrita Científica Descomplicada: Como Produzir Artigos de Forma Criativa, Fluida e Produtiva”, pela Editora Labrador, para que todas as pesquisas sejam eternizadas, compreendidas e o mais importante: utilizadas. A obra promete tornar o processo de escrita, publicação e divulgação de artigos mais assertivo. Segundo o autor, o Brasil produz um alto número de artigos científicos anualmente, mas com baixo impacto na sociedade. E para que o país cresça cientificamente, é preciso dar um próximo passo: impactar a vida das pessoas e fazer com que todos tenham acesso ao resultado dessas pesquisas. Para isso, Aldo criou um método inovador que torna o processo de escrita, publicação e divulgação dos papers – ensaios, artigos ou dissertações sobre um assunto específico – mais fluidos, criativos e, com isso, produtivos. O livro tem 144 páginas.

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