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08/07/2021 às 19h06min - Atualizada em 08/07/2021 às 19h06min

Polícia Civil investiga morte de namorada de Cabo da Polícia Militar no interior do estado

A versão do militar é contestada por familiares da vítima, que relataram agressões contra a jovem

Haidê Rocha
Carol morreu atingida com um tiro no tórax - Foto: Divulgação/Redes Sociais
 
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar as circunstâncias da morte da jovem Carolina Silva, 18 anos, atingida com um tiro no tórax na madrugada desta quinta-feira (8), no bairro Mocó, na cidade de Coroatá. Carol era namorada do Cabo da Polícia Militar Gilgleidson Pereira Melo, que disse à polícia que o homicídio ocorreu durante uma tentativa de assalto na casa que o casal morava. A versão do policial sobre o caso, que está tendo grande repercussão na cidade, é contestada pelos familiares da vítima, que relataram sobre agressões dele contra a jovem.

Em depoimento na delegacia, o militar afirmou que estava bebendo com amigos e Carolina o ligou dizendo que havia pessoas batendo na porta do imóvel. Quando chegou ao local, o militar disse que foi recebido a tiros e viu apenas dois vultos e revidou ao ataque. A vítima estava dentro de casa e um dos disparos teria transfixado pela janela. 

Segundo o delegado Benedito Júnior, da Delegacia Regional com sede em Codó, onde o caso está sendo investigado, o cabo negou ter sido o autor do crime, que não teve discussão e o relacionamento estava bem.

“A princípio ela foi atingida por um disparo, semelhante a pistola. Estamos aguardando a perícia para saber se partiu da arma dele ou dos supostos elementos que estariam lá. O exame de comparação balística é que vai precisar isso”, disse. 
Duas armas foram apreendidas em poder do policial, sendo que uma delas, de propriedade da corporação. 

O inquérito que apura o caso tem 30 dias para ser concluído. Uma equipe do Departamento de Feminicídio de São Luís foi designada para auxiliar nas investigações. 

“Estamos juntando todos esses elementos de informação para saber se teve participação ou não. Quando terminarmos de ouvir o pessoal, receber o exame da perícia e continuar realizando diligências, vamos ter um substrato mínimo para poder requerer ao Judiciário eventuais medidas cautelares”, esclareceu o delegado.

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