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07/07/2021 às 19h46min - Atualizada em 07/07/2021 às 19h46min

Violência nas Universidades é tema de curso na ESMP

André Soares
CCOM-MPMA
Guillem Homet ministrou o curso - Foto: Divulgação
 
O Ministério Público do Maranhão, por meio de sua Escola Superior (ESMP), em parceria com o Centro de Apoio Operacional da Educação e a Universidade de Barcelona, realizou na manhã da última terça-feira, 6, de forma virtual, o curso "Violência nas Universidades". A atividade foi transmitida pelo canal do YouTube da ESMP.

Apresentou a palestra do curso o professor Guillem Homet da Universidade de Barcelona. O foco da atividade foi a segurança e a garantia de direitos diante da crescente escalada da violência na sociedade. Múltiplos temas relativos ao fenômeno da violência em seus diversos aspectos e a tentativa de superá-la foram colocados em pauta no âmbito acadêmico.

O palestrante iniciou a sua exposição fazendo a distinção entre a agressividade animal e a violência humana: "Os animais não são violentos, são agressivos e o são por razões instintivas, para assegurar alimentação, territórios, garantir sua segurança, de suas fêmeas e proles. O homem, por sua vez, é mais complicado que isso. Elaborou a agressividade a transformando em violência, e a emprega, não por necessidades primárias, mas sim, por razões mais elaboradas, a serviço de suas necessidades mais complexas, como ser diminuído, por desejo de tomar algo de outrem, ou ainda, por necessidade de poder", afirmou.

DADOS
Durante a apresentação do curso, a diretora da ESMP, promotora de justiça Karla Adriana Holanda Farias Vieira, lamentou os dados apresentados pela imprensa, que apontam a inexistência em 60% das universidades, numa amostragem de 100, de um protocolo de prevenção em casos de assédio e violência sexual, muito menos de proteção às vítimas ou de punição aos agressores. “Pelo prisma da violência de gênero, as universidades ainda se apresentam como espaços de perpetuação de uma doutrina machista e misógina”, frisou.

O coordenador do CAOp-Educação, promotor de justiça Eduardo Borges Oliveira, afirmou que a atividade inicia uma série de debates, pensados e construídos, a partir de uma articulação do Centro de Apoio da Escola Superior com entidades parceiras, como a Fundação Sousândrade, dentre outras. "Os nossos esforços visam superar o grave momento que vivemos e auxiliar o desenvolvimento da educação em nosso país", completou. 

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