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14/05/2021 às 20h52min - Atualizada em 14/05/2021 às 20h52min

É CHEGADO O TEMPO DELES

Elson Araújo
Com a chegada do verão tocantino, embalado pelo frescor dos ventos gerais, pelo céu limpo e imensamenteazul,e um brilho diferente do sol, o humor das pessoas neste lado do Brasil termina alterado, a melhor. Percebe-se até que o povo de cá fica mais bonito, mais alegre, mais feliz. Pode prestar atenção! Nesta toada não se demora muito para que essa alteração abra espaço para um fenômeno de encher os olhos, comum em alguns dos biomas do País, a florada dos ipês, o que deixa a população mais feliz ainda.  

Creio que não há um brasileiro, onde haja a presença dessa espécie da nossa flora, que na época da florada não pare, torça o pescoço, ou levante a vista para admirar o ipê e suas variedades. Por aqui, na nossa região, deparamo-nos com o amarelo, o roxo, o branco e o rosa, mas a ciência já identificou pelo menos 74 espécies, todas de uma beleza hipnótica.  Nada contra as outras árvores da nossa flora, mas respeitem o ipê! 

Uma curiosidade sobre essa bela e poderosa árvore remonta ao ano de 1978. Naquele ano, a lei federal 6.507 oficializou a flor do ipê como a flor nacional do Brasil. Por tudo que ela representa, o título é mais do que merecido. 

O Ipê, que tem ainda apelidos como pau-d´arco, peúva, ipeúna e paratudo, é bonito mesmo quando a mamãe natureza lhe impõe a queda das folhas. É quando eles, com os galhos no formato de mãos em oração, se voltam para o Céu. Talvez em agradecimento pela última, ou a clamar pela graça da próxima florada. 

Especialistas no assunto garantem que a queda das folhas, quando natural, é uma estratégia que a planta em seu processo de evolução desenvolveu para economizar energia, ao passo que a explosão das flores tem um significado mais forte. A planta se apressa em espalhar, via flores, suas sementes. Neste particular conta com a ajuda do vento, dos pássaros e dos insetos. É toda uma cadeia de eventos e uma mecânica postas em prática pela natureza com o objetivo da árvore se perpetuar, gerar novos ipêzinhos. Tudo isso a ciência já comprovou.

É ou não é uma bela e surpreendente dinâmica da natureza?  A luta para se manter vivo também é uma realidade no fantástico reino vegetal. 

O ipê também não fica menos bonito quando o império é o das folhas. Em tal  fase, não importa as cores das flores futuras, o verde é a cor comum dominante. Não há distinção. São todos iguais.   

Além da beleza, muito impressiona a resistência dessa árvore, cuja casca também é usada para fins medicinais. Entendidos no assunto garantem que a casca ajuda muito no tratamento de diversas doenças e já há muitas pesquisas em andamento sobre o tema. Quanto às as flores, além de belas, em algumasregiões do Brasil são utilizadas na alimentação, cruas ou cozidas. 

Um salve à flor do ipê, flor nacional do Brasil. Viva o Ipê, madeira de lei!
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