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30/04/2021 às 19h15min - Atualizada em 30/04/2021 às 19h15min

FIEMA e entidades empresariais comemoram divulgação de empresas que vão operar em Alcântara

Entidades empresariais do MA atuam como parceiras do CEA e também celebram momento

Assessoria
Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações - Foto: Divulgação
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), Edilson Baldez das Neves, e os membros do Grupo de Trabalho “Pensar o Maranhão” comemoraram a divulgação das quatro empresas selecionadas por meio de edital, para operar no Centro Espacial de Alcântara (CEA). As três empresas americanas e uma canadense foram divulgadas ontem, 28, pelo governo federal, em cerimônia transmitida ao vivo pela Internet, com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro. A base tem localização estratégica e deve realizar atividades de lançamento e rastreio de veículos espaciais não militares. 
 
“Nossos aplausos e satisfação com a notícia da escolha dessas empresas, que atuarão em Alcântara. É o primeiro passo de uma jornada que trará desenvolvimento para o município e para o Estado do Maranhão”, destacou o presidente Edilson Baldez, que acompanhou remotamente o anúncio do chamamento público das empresas com interesse em realizar operações de lançamentos a partir do CEA.  

De acordo com as informações da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB), que anunciaram o resultado dos editais, as quatro empresas selecionadas ficarão responsáveis, cada uma, por operar em uma unidade do Centro Espacial de Alcântara. A Hyperion, primeira anunciada dos Estados Unidos (EUA), vai operar o sistema de plataforma VLS. A Orion Ast, também norte-americana, atuará no lançador suborbital. Já a canadense C6 Launch foi selecionada para operar a área do Perfilador, que também é um ponto de lançamento, e a Virgin Orbit, outra empresa dos EUA, atuará no aeroporto de Alcântara. A expectativa é que as primeiras operações de lançamento tenham início em 2022.     

Na oportunidade, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, destacou a conquista e pontuou a reunião do Comitê de Desenvolvimento Integrado de Alcântara, ocorrida minutos antes, e o envolvimento dos atores locais, como a FIEMA, que é membro atuante do comitê, contribuindo para a construção do Programa de Desenvolvimento Integrado do CEA.   

“Hoje foi um dia especial, também, porque eu acabei de vir da reunião do Comitê de Desenvolvimento Integrado de Alcântara, onde conversamos com todas as autoridades locais, incluindo a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão, a prefeitura de Alcântara e os representantes dos moradores das comunidades. Foram 20 anos de espera, e agora, temos as primeiras empresas selecionadas para operar em Alcântara”, destacou o ministro.  

Para o presidente da FIEMA, Alcântara é uma oportunidade para o Maranhão, para o país e para o mundo. “O Brasil vai entrar no mercado de lançamento de satélites. Há anos, o Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos aguardava o acordo de salvaguardas com os americanos. Nossa expectativa é de que passaremos a exportar serviços relacionados a essa indústria. O sentimento que temos é da importância desse projeto para o Brasil, tendo em vista a consolidação dos grandes investimentos que já foram feitos, além da abertura do país no setor aeroespacial. Esse acordo beneficia não só o lançamento de foguetes como outras atividades, como o comércio e o turismo, que podem criar um ambiente de desenvolvimento de toda a região!”, destacou Edilson Baldez.  

Como entidade empresarial integrante do grupo de trabalho “Pensar o Maranhão”, o Sebrae tem apontado uma série de soluções empreendedoras, que ao compor o Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI) do Centro Espacial de Alcântara, contribuem para que o município viva esse novo momento de transformação de forma assertiva no que tange a vertente do empreendedorismo, considerado grande vetor do desenvolvimento local.  

“Esse é um momento histórico, de transformação e crescimento para o município de Alcântara e região, que irá dinamizar a economia, gerar emprego e renda, favorecendo o crescimento de outros segmentos e cadeias produtivas e principalmente, beneficiando cerca de 400 micro e pequenas empresas presentes no município, uma vez que estejam aptas e preparadas para atuarem neste cenário. Nesse sentido, o Sebrae tem dado sua contribuição, trabalhado com ações voltadas para criar e fortalecer um ambiente propício ao desenvolvimento local por meio do empreendedorismo, atuando junto aos pequenos negócios. E para impulsionar essa atuação, estamos com a execução do Programa Cidade Empreendedora no município, que tem a proposta de promover a transformação econômica, social e cultural local, onde o Sebrae parceiriza com poder público e dispõe de uma série de ferramentas para estimular a cultura empreendedora, gestão, inovação e políticas públicas, objetivando o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios locais”, explicita o diretor superintendente do Sebrae no Maranhão, Albertino Leal. 

“A importância é imensurável porque são novas empresas que farão parte do projeto de desenvolvimento da região que envolve Alcântara e São Luís, participando do lançamento de foguetes para diversos estudos. Isso têm um impacto no desenvolvimento muito forte, principalmente na área de produção, na área de da industrialização e de imediato, elas precisarão de muitos produtos para se instalarem, para trabalhar, para montar os seus projetos e tudo isso vai precisar de fornecedores.  

No entanto, as empresas maranhenses, pequenas e médias precisam estar organizadas, precisam estar com todas as suas obrigações fiscais em dia, para fazer parte do processo, fornecendo os seus produtos. Essa é a forma que foi encontrada por meio de discussão entre as entidades, para que as empresas maranhenses possam ser beneficiadas e atuarem nesse grande projeto”, destaca Raimundo Coelho, presidente do Sistema FAEMA/SENAR. 

“A seleção, pelo Governo Federal, das primeiras empresas que vão operar no Centro de Lançamento de Alcântara, abre perspectivas para dinamizar a economia daquele município e de São Luís, adicionalmente. E o nosso desafio é estarmos preparados para identificar eventuais oportunidades e para o atendimento das demandas dessas empresas. E as entidades devem também estar atentas a esse processo, no sentido do suporte às empresas. Nossa expectativa é que a consolidação dos mecanismos de operação da Base contribuam com um círculo virtuoso de oportunidades que possam nos ajudar a superar o momento econômico difícil gerado pela pandemia e retomarmos a trajetória de crescimento econômico local”, destaca o Cristiano Barroso Fernandes, presidente da Associação Comercial do Maranhão (ACM). 

“Com o anúncio do Governo Federal sobre as empresas aptas a realizarem operações espaciais a partir do Centro Espacial de Alcântara, o setor empresarial local enche-se de expectativas no que se refere ao desenvolvimento regional que poderá ser irradiado a partir do município de Alcântara. O Sistema Fecomércio, por meio do Sesc e do Senac, também está atento a esse processo e vem construindo um planejamento para atender ao município com ações que irão proporcionar capacidade técnica ao setor de comércio, serviços e turismo local atenderem às demandas que surgirão nesse processo de solidificação do Centro Espacial. Além disso, cabe destacar a atuação do grupo de trabalho “Pensar o Maranhão”, coordenado pela FIEMA e da qual fazemos parte, que vem apontando caminhos estratégicos para que as entidades empresariais contribuam com a construção de toda a logística empresarial em torno da base de Alcântara”, destacou José Arteiro da Silva, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão. 

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