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16/04/2021 às 16h06min - Atualizada em 16/04/2021 às 16h06min

Quase mil cidades temem falta de remédios do kit intubação, diz CNM

Das 2.938 cidades consultadas pela CNM, 975 temiam ficar sem remédios do kit intubação, 190 não responderam e 1.773 disseram não enfrentar o problema naquele momento.

Jonas Valente
Agência Brasil
Confederação ouviu autoridades sanitárias em 2,9 municípios - Foto: Américo Antonio/Sesa

  
Em 975 cidades brasileiras, há risco de prefeituras e sistemas de saúde ficarem sem os remédios do kit intubação, usados no uso de suporte ventilatório de pacientes com covid-19, como anestésicos e neurobloquedores.

O total representa 33,2% das 2.938 cidades consultadas pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Desse total, 190 (6,5%) não responderam à pesquisa e 1.773 (60,3%) disseram que não passavam por esse problema naquele momento.

Na semana passada, autoridades de 1.207 municípios relataram o temor de desabastecimento do kit intubação, o que equivalia a 38,1% dos entrevistados. Assim, houve queda tanto em números absolutos quanto no percentual da amostra analisada pelo estudo.

Oxigênio

Entre os municípios pesquisados, 391 prefeituras citaram a possibilidade de falta de oxigênio para atendimento aos pacientes com covid-19. O número corresponde a 13,3% das autoridades locais ouvidas. Não responderam à consulta 63 prefeituras (2,1%) e 2.484 (84,5%) disseram não haver risco de desabastecimento agora.

Assim como no caso do kit intubação, o resultado desta semana foi menor do que o da anterior, quando tal possibilidade foi relatada por 589 prefeituras, o equivalente a 18,7% dos ouvidos naquele levantamento. Na outra semana, o índice havia sido ainda maior, de 23,4%.

Vacinas

A pesquisa analisou pela primeira vez o registro e o envio de informações sobre casos e mortes decorrentes da covid-19. Entre as 2.938 autoridades municipais ouvidas, 2.317 (78,9%) disseram alimentar os dados no mesmo dia e 563 (19,2%) relataram só conseguir fazer o repasse em dias posteriores.

Das prefeituras consultadas, 413 (14,1%) informaram que só fazem a alimentação dos dados uma vez na semana, e 2.377 (80,9%) afirmaram que realizam o procedimento duas ou mais vezes na semana.

Sobre a atualização, 2.181 (74,2%) disseram que o envio dos dados é instantaneamente atualizado no sistema de informações do Ministério da Saúde e 598 (20,4%) relataram que isso não ocorre.

A CNM também questionou as prefeituras sobre o estoque da segunda dose de vacina, o que foi confirmado por 1.449 (49,3%) e negado por 1.426 (48,5%) das cidades que participaram da sondagem.

Entre os quase 3 mil municípios ouvidos, 2.852 (97,1%) informaram que poderiam aumentar o ritmo de vacinação se recebessem mais doses. Conforme a CNM, 1.516 (51,6%) disseram que os frascos não estão rendendo as 10 doses, mas 1.338 (45,5%) afirmaram que o recipiente garante este quantitativo de doses.


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