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13/04/2021 às 00h00min - Atualizada em 13/04/2021 às 00h00min

Flávio Dino diz que Brandão tem “alta chance” de sucedê-lo e Bolsonaro pode não se reeleger

SECAP
Governador diz que há grande chance de se repetir a aliança entre PCdoB e PSDB - Foto: Divulgação
  
O governador Flávio Dino (PCdoB) diz que o seu vice, Carlos Brandão (PSDB), tem “alta chance”  de ser o candidato que terá seu apoio para sucedê-lo. Ele avalia também que Jair Bolsonaro é “forte candidato” a ser o primeiro presidente do Brasil a não se reeleger. A entrevista foi concedida ao portal Poder 360 e divulgada neste sábado (10).

Quando questionado sobre as chances de Brandão ser seu candidato a governador do Maranhão em 2022, Flávio Dino reconheceu a pretensão do senador Weverton Rocha (PDT), mas diz que no segundo semestre irá conversar com os 15 partidos que o apoiam para definir quem será o candidato do grupo, que poderá ser Brandão, que assume o governo em abril de 2022, pois é certo que irá se desincompatibilizar.

“O PSDB fez um movimento de reaproximação com o PCdoB no Maranhão. O seu vice, Carlos Brandão, voltou ao partido. Há chances de o senhor apoiar a eleição dele para o governo em 2022?”, indaga Guilherme Waltenberg, autor da reportagem, e o governador responde:

“Tem uma alta chance, uma vez que ele é uma pessoa com a qual tenho relação política e pessoal muito antiga. Está conosco há 6 anos. Provavelmente me desincompatilizo em abril do ano que vem e ele assume o governo. Temos outros nomes no grupo, como o senador Weverton (PDT), que também postula. Entre julho e agosto farei conversa com os 14, 15 partidos que acho que ficarão conosco. Sem dúvida o Brandão é um ótimo nome e o fato de ele estar no PSDB fortalece o pleito dele. Eles me apoiaram em 2014, tenho um reconhecimento”.

Questionado se o projeto do PSDB de disputar a presidência descolado de Lula não atrapalharia essa aliança local, Dino comete um equívoco ou omite o que realmente ocorreu ao dizer que já abriu palanque para três candidatos no Maranhão. “Tinha eu, com Haddad, o meu vice era Alckmin e um senador do PDT com o Ciro”, diz ele, mas em 2018 quem apoiava Alckmin no estado era o senador Roberto Rocha, então no PSDB. Dino teve apoio do PSDB em 2014, quando se aliou a Aécio Neves contra Dilma, que apoiava Lobão Filho (MDB). Em 2018, Brandão estava no Republicanos.

Bolsonaro

Sobre a eleição presidencial, Flávio Dino diz que até um mês atrás o presidente Jair Bolsonaro era forte concorrente, mas hoje as chances são no sentido de ser o primeiro presidente  não se reeleger. Desde que foi instituída a reeleição, três presentes se reelegeram: Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1998; Luís Inácio Lula da Silva (PT), em 2006; e Dilma Rousseff (PT), em 2018.

“Há uma tendência muito forte de reeleição no Brasil. Todos que se candidataram, ganharam. O Bolsonaro segue favorito?”, indaga o jornalista.

“Seguia até um mês atrás. Mas o Bolsonaro é uma improbabilidade em tudo. Ele é um forte candidato a ser o 1º presidente que quebra a regra pró-reeleição e não se reelege. Assim como era improvável se eleger, se elegeu. Era quase inacreditável que fizesse tanto disparate no meio de uma pandemia, e ele fez. E então acho que o que era tido como mais provável, que era ele se reeleger, virou agora uma improbabilidade”, responde Flávio Dino.

Sobre o fato de ter sido citado pelo presidente Jair Bolsonaro em sua última live, quinta-feira (08), Flávio Dino diz que Bolsonaro puxou um assunto sobre o qual não entende: trabalho, ao dizer que no Maranhão não se vacina contra covid-19 sábad, fominho e feriados. Segundo Dino, Bolsonaro vive passeando, enquanto ele inaugura mais obras por mês do que o presidente por ano:

“Mais uma prova do que venho dizendo. É uma pessoa abjeta. Primeiro, vem falar de trabalho. Está aí um assunto que ele não entende. Não entende de quase nada. Mas trabalhar certamente ele não tem autoridade para falar. Basta olhar que ele vive de férias. Vive passeando. A agenda dele é um amontoado de inutilidades. Eu inauguro por mês mais obras que ele por ano. Ele não conhece o conceito de limites e ultimamente perdeu o conceito do ridículo, que não sei se ele teve um dia. Vem me cobrar qualquer coisa da pandemia sendo que o Maranhão tem o menor número de mortes na pandemia. E ele é tido como o presidente mais desastrado do mundo no combate ao coronavírus”, desabafou.

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