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01/04/2021 às 00h00min - Atualizada em 01/04/2021 às 00h00min

Desafios da educação em tempos de pandemia; alunos e professores se reinventam

A realidade por detrás dos eletrônicos, revelada por educadores e estudantes do ensino a distância

Coordenadoria de Comunicação e Eventos do Sistema FIEMA
Alunos e professores tem se reiventado em meio a pandemia que já dura há mais de um ano - Foto: Divulgação
A pandemia ocasionada pelo novo coronavírus transformou significativamente todos os setores, exigindo mudanças, adaptações, novos olhares. E, com a educação, não poderia ser diferente, as transformações estão ocorrendo em progressão geométrica, impactando diretamente alunos e professores. 

  Dados da Unesco, órgão da ONU para educação e cultura, apontam que 1,5 bilhão de estudantes chegaram a ficar com aulas suspensas ou reconfiguradas ao redor do mundo. Nesse panorama, escolas e universidades buscam reinventar-se, o que exige de todos os envolvidos, adaptação, organização e criatividade. “A situação impôs mais estudo e conhecimento de termos tecnológicos e das plataformas que nos foram fornecidas para o desenvolvimento do trabalho educacional. No momento atual, me sinto muito mais segura tanto na área profissional quanto pessoal, pois consigo realizar meu trabalho com mais inovação e acompanhar as crianças que são bastante tecnológicas”, pontua a professora do Ensino Médio de Imperatriz, Rosania Laranjeira.  

  Como parte desta transformação na educação, está a aproximação dos professores de ferramentas tecnológicas, que são instrumentos indispensáveis, para a manutenção da sala de aula, que hoje, funciona à distância. Esta aproximação, levou uma grande maioria de professores não digitais, a superarem seus receios e limitações, desenvolvendo habilidades tecnológicas, antes inimagináveis. “Tem sido muito desafiador por ser algo novo, mas já estamos há mais de um ano e a gente vai se adaptando e pesquisando formas de estudo que contribuam com a melhoria do aprendizado. Os professores também são incansáveis nesse quesito, ao trazer alternativas para tornar as aulas mais dinâmicas”, explica Giovanna Guimarães Barros, 16 anos, estudante do 2º ano do Ensino Médio.  

  E, nesse contexto de aulas remotas, os pais, junto ao professor, são elementos essenciais para a garantia da aprendizagem, pois é sua responsabilidade garantir as condições mínimas para que o aluno acompanhe as aulas remotas, além de realizar a acompanhamento do desempenho escolar do seu filho. Um exemplo disso é a executiva de vendas, Thais Aguiar, que faz questão de acompanhar o desempenho escolar do filho. “O papel do professor é algo primordial e importante. Vejo o esforço desses profissionais que estão se desdobrando para ajudar os alunos e contribuir com aprendizado deles. Passo o dia inteiro no trabalho, porém não deixo de saber como está a rotina e estou sempre em contato com os professores”.   

  Assim, se manter a concentração na sala de aula já era desafiador, em casa, isso requer muito mais foco e disciplina. “A nossa maior dificuldade tem sido a falta de atenção das crianças, por isso, se os pais não estiverem perto, fica muito complicado a aprendizagem”, avalia Thaís. Embora inúmeras distrações possam ser identificadas no conforto do lar durante o horário da aula, a estudante Giovana enfatiza que “o grande segredo é ter autocontrole, dedicação e esforço para criar uma rotina de estudos com pesquisas, leitura e explorar os conteúdos e os professores por meio das plataformas digitais”, finaliza.  

  E, ainda, para garantir a aprendizagem no ensino remoto, é necessário a organização e o cumprimento de uma rotina, como relata Rafael Vidal, 17 anos, aluno do Ensino Médio, que conta como faz para se adaptar e manter uma rotina de estudos. “Criei um lugar para estudos e uma rotina de horários não só para acompanhar as aulas online, mas também para revisar conteúdos. O segredo é um só: disciplina. Não é nada fácil viver esse novo normal sem a rotina que tínhamos antes frequentando a escola e em contato com professores e colegas”.  

  ERA DIGITAL – Uma grande aliada para o sucesso das aulas remotas é a tecnologia e, dentro deste contexto, o Serviço Social da Indústria (SESI) é um exemplo de como elas fomentam a educação nesse tempo de pandemia. O SESI possui uma rede de 500 escolas e disponibiliza mais de 17 mil recursos pedagógicos e digitais. A plataforma educativa é um ambiente virtual de estudo, com jogos, infográficos e conteúdos dinâmicos e interativos de diferentes áreas do conhecimento – de português e geografia a química e física.    A plataforma, Portal SESI Educação, é acessível para qualquer professor e estudante do Ensino Fundamental e Médio com internet, o material é fonte de pesquisa e pode fazer parte do planejamento pedagógico após o retorno presencial das escolas. Afinal, a internet faz parte da rotina, e os recursos digitais podem – e devem – ser incorporados, também, na sala de aula, fator que leva aos professores aprimoramentos para que possam continuar educando, nessa realidade educacional , que exige para cada vez mais o uso de tecnologias digitais, realidade ratificada pela professora do 5º ano, Fabíola Vidal: “Com uso de metodologias aplicada por meio do ensino híbrido, de plataformas e recursos tecnológicos que se tornaram imprescindíveis no processo educacional, tivemos que aprender como fazer e editar vídeos, usar diversos aplicativos, jogos online, além de apresentar aulas dinâmicas pelo computador ou celular”. 

  E, nesse processo de transformação, professores e alunos evoluem com as ricas rocas de experiências e aprendizado. Aluno e professor constroem conhecimentos juntos em meio a um dos maiores desafios da humanidade. “Eu vi inúmeras possibilidades de conhecimento por meio de aplicativos, vídeos, realidade aumentada e outros recursos que auxiliaram no processo de aprendizagem. O que eu colhi? Uma turma que não só aprendeu os conceitos necessários na etapa, mas muito mais: crianças sensíveis com o próximo, com a sua realidade social e que agora veem as tecnologias como aliadas em seu sucesso escolar”, afirma a professora do ensino fundamental, Ana Keyla Lima Sousa.  

  ESCOLA SUPERIOR – Outra demonstração de como as tecnologias têm ajudado na formação de estudantes é o exemplo da Universidade Estadual da Região Tocantina (UemaSul), que precisou investir na preparação dos professores para o desafio. “Aceleramos o processo de inclusão digital, com treinamentos e oficinas de capacitação do corpo docente e discente, disponibilização de chips de internet para toda a comunidade acadêmica. Os eventos que antes ocorriam em sala de aula e auditório, agora são realizados em outros formatos mediados por tecnologia”, afirma a reitora Elizabeth Nunes Fernandes.  
  Diante de todo esse contexto, concluímos que a educação vivencia novos cenários, com uma sala de aula mais interativa, com metodologias ativas, professores mais criativos e dinâmicos, e alunos mais protagonistas. E o resultado de tudo isso, será a formação de cidadãos mais criativos, inovadores, éticos, e capazes de resolver problemas, encontrando soluções surpreendentes. 

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