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20/03/2021 às 00h00min - Atualizada em 20/03/2021 às 00h00min

VOLTA SANDRA ANNENBERG

Phelippe Duarte
Há tempos os jornais da Globo vem sendo alvos de críticas: sejam elas dos amantes do bolsonarismo ou de quem não tem nada pra fazer mesmo. Jair Bolsonaro também ajuda na disseminação da bobagem, se nivelando ao nível de jornalismo tendencioso que em certas ocasiões, a emissora comete sem nenhuma cerimônia: “Sabem por que a Globo não é lixo? Porque lixo é reciclável’’. Disse o presidente, para uma plateia entupida de tapado, que aplaude uma declaração baixa como esta. O problema, é que a Globo não ajuda. O país com largas chances de quebrar mais empresas, em uma situação sanitária caótica, com a economia  tendo que esperar o troco da pandemia, e no Jornal Hoje, a apresentadora e desorientada Maju Coutinho, que apresenta o boletim das 13h, após uma reportagem sobre o comércio fechado, lockdow e as zonas e fases do arco íris, dizer para o Brasil inteiro ouvir: O choro é livre. Isso mesmo. Após a matéria sobre o fechamento da economia, ela disse em alto e bom som: O CHORO É LIVRE. Especificamente, para dizer que não estou escrevendo nenhuma loucura, ou pegando apenas a parte em que o cérebro dela vira um curral, ela disse:  “Os especialistas são unânimes em dizer que essas são medidas indispensáveis para conter a circulação do vírus. O choro é livre, não dá para a gente reclamar, é isso que tem”

Mas minha filha, claro que é o choro é livre. Ninguém está em condições de ter lágrimas, pagar pelo choro e pelo lenço. Você vai emprestar dinheiro para comprar lenço para milhões de empresários, autônomos, prestadores de serviços em geral? O seu salário está caindo na conta Maju. Você está trabalhando. Desinformando, alias. E com esse seu comentário infeliz, está literalmente se lixando como Bolsonaro, em relação a Globo. O nosso presidente, não critica o emprego, a economia. Não diz: empresários, agora é lockdow, quem não gostar, o choro é livre. Claro, ele tem as suas pérolas sobre a pandemia: ‘’gripezinha, mimimi, fazer o que ...’’ A briga para ver quem diz mais sandice é grande. Enquanto isso, milhões ficam sem saber o que esperar e milhares lutam pela vida, seja na lida ou em algum hospital ou fila em postos de saúde. Maju caberia perfeitamente na frase de Fausto Silva, mas ao contrário: Quem não sabe, não faz ao vivo. 

Após a repercussão negativa da sua opinião pessoal sobre a matéria, Maju no dia seguinte, tentou reverter a situação. Vamos lá, analisar o que a prima de loucuras verbais do Bolsonaro falou: “Entendo perfeitamente a dor dos pequenos e médios empresários, que são obrigados a manter os negócios fechados. Você [telespectador] é testemunha que ontem mesmo a gente exibiu aqui uma longa reportagem sobre o assunto e ao final dela eu disse assim: ‘Desejo também agilidade do governo e do congresso para atender os empresários e também as famílias que estão aguardando o auxílio emergencial’. Reitero aqui esse desejo, me desculpa pela expressão que usei. Vamos nessa e bola para frente. Maju pediu desculpas após uma das maiores asneiras já ditas nessa pandemia. Fora ela e Bolsonaro, não lembro de ninguém mais que tenha soltado de maneira tão impensável, o que realmente pensa. Pedir desculpas pelo que acha, é uma mera formalidade. Maju expressou o que sente: “é lockdow sim, e o choro é livre empresário, empregado, empregador’’. Ela pediu desculpas e tentou manipular a sua fala por trás de uma matéria que não defendia a economia, mostrava apenas, a desgraça no comércio. Bolsonaro nunca pediu desculpas pelo que diz, começou a optar por mudar o discurso. Ou muda o jeito de lidar com a pandemia ou a sombra sem dedo cresce perto dele. Agora Maju, meu choro é livre por ver você depois dessa, continuar a frente de um Jornal tão histórico como o Jornal Hoje. Muita gente boa saiu da Globo, ou pegou suspensão, por muito menos. O choro é livre, para quem está perdendo entes queridos. O choro é pago, é prejuízo, para quem não pode ficar em casa esperando tudo passar, como se fosse uma chuva de verão. Volta Sandra Annenberg. Enquanto a Maju, vai novamente para o telão do tempo vendo o mapa do país e as nuvens carregadas de choro e lágrimas, em um tempo pra lá de ruim para todos os brasileiros. Volta Sandra, por favor. Vou chorar de emoção. 
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