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06/03/2021 às 00h00min - Atualizada em 06/03/2021 às 00h00min

EU AGLOMERO, EU DECRETO...

Phelippe Duarte
Voltamos ao início de tudo. O medo que antes sumira veio como um furacão em nossas cabeças. Imperatriz sangra. Restrições no comércio, nas ruas, nos sonhos. Na realidade. Agora eu te pergunto: nas eleições, não morria e não adoecia ninguém? Ou a moral, a ética pobre, que define o pensamento do que é essencial ou não para si em detrimento de outro, só surge quando não convém? Todos os dias desde o ano passado morrem pessoas. Todos os dias. E a desculpa é: Ah, mas nas eleições estava tudo sob controle! MENTIRA! Nada está sob nosso controle desde março de 2020. NADA! O que se vê é o que é bom pra si mesmo, politicamente. Uns recebem mais restrições, outros podem funcionar, alguns ficam abertos... Essencial para a vida, é o pão de cada dia! Nisso, enxergar o poder abusivo dos políticos, é como ver preto no escuro. São dois lados da moeda: Imperatriz ainda fez muito para não deixar-se abater pelo vírus. Mas as pessoas não ajudam. Hoje, quem reclama que seu comércio está restrito, é o mesmo cidadão que não usa máscara, que não lava as mãos, que ignora os avisos de saúde, as prevenções necessárias. É como aquele condutor na estrada: Ele vê a placa de não ultrapasse, mas algo atinge o cérebro mole dele, e então ele acelera. E pisa fundo... e morre. E ainda mata uma família que vinha feliz do outro lado, na sua mão da estrada, devagar, lentamente. O caminho que perseguimos parece não ter destino. A vacina que tanto se aplica pelo mundo, ainda não nem sabe ligar o GPS. 

Nessa longa viagem que vejo como um grande calendário, pense comigo: se as eleições fossem hoje, como seria? Nas restrições do comércio, que são válidas para sobreviver, temos que nos adaptar a política. Fechar escolas, não era necessário do ponto de vista, de que a educação precisa viver e ensinar. As restrições mais rígidas seriam mais adequadas, mesmo com as aulas online, que tiram o verdadeiro ensino para o aluno. Felipe Ruan, do Centro Educacional ArteCEB, de Imperatriz, diz o seguinte sobre a situação da pandemia: ‘’ A sociedade globalizada do mundo moderno é permeada de tecnologia, tal fato está tornando o combate a pandemia bem mais brando do que em outros cenários históricos. Mas não se iludam: só temos tecnologia, porque ainda temos como pagar por ela, ainda temos alimento, porque ainda estamos produzindo, temos segurança  (alguns), porque ainda temos como pagar. Não podemos aceitar nunca que discursos que pregam que para salvar a saúde pública, é preciso esquecer a economia.’’

Não tem jeito. Eles comandam e acabou. A luta contra o vírus no país, esconde o que realmente existe por trás dos decretos. Dito isso, por outro lado, as pessoas devem se conscientizar e contribuir para que o vírus não se prolifere. Com as escolas fechadas, vou dar uma pequena aula.Vamos conjugar o verbo decretar hoje e nas eleições, na visão dos politicos? 

Hoje                                          Eleições:
Eu decreto..........................Eu aglomero
Eu decreto..........................Tu aglomeras
Eu decreto..........................Ele aglomera
Nós obedecemos......Nós aglomeramos 
Vós obedeceis................Vós aglomerais 
Eles decretam...............Eles aglomeram       

Que as pessoas usem máscaras, pois o verbo do decreto veio para fechar e não, restringir. As escolas estão fechadas em Imperatriz, e não dará tempo de aprender a mudar essa conjugação verbal se não nos precavermos. Antes do verbo decretar, devemos saber que para continuarmos em frente, é preciso verbalizar a vida: cuidar, viver e trabalhar.  Saúde é economia, saúde e economia. Economia é saúde. Restringir e não fechar. Pois sem trabalho, também poderemos ser conjugados, na primeira pessoa do verbo morrer. Ou o que é pior: Um monte de pronome, precisando respirar.
Phelippe Duarte- administrador e publicitário
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