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30/01/2021 às 00h00min - Atualizada em 30/01/2021 às 00h00min

Um amor de passarinho

Elson Araújo
Tornou-se politicamente incorreto, e de fato muito perverso,  a criação de pássaros em cativeiro. Muita gente caindo na real e se conscientizando que nenhum ser vivo nasceu para viver aprisionado. Esse é o conceito que vem se firmando ao longo dos anos , contudo,  há casos difíceis de se explicar. É o caso do Aparecido,  Bico de lacre, Bombeirinho, também em algumas regiões chamado de Máscara vermelha que “ adotou como mãe” há nove meses a jornalista Suely Moura. Ela é minha amiga e mora em São Luís.

Trata-se de uma verdadeira história de amor de difícil explicação. Se alguém a tiver , por favor me envie!

Se o Aparecido fosse um papagaio ou similar,  não chamaria muita atenção, mas é uma minúscula espécie não ornamental que assim como o primo pardal vive em bandos. Nunca o vi em gaiolas, zoológico, ou comercializado como pássaro exótico.  Vive é solto no mundo.

E o Aparecido?  O Aparecido apareceu na vida da jornalista Suely Moura na  Quarta-feira de Cinzas do ano passado. Havia ameaça de chuva e ventava muito.  De repente um pequeno barulho chamou a atenção da jornalista, que morava sozinha. A princípio ela se assustou, mas ficou mais tranquila quando encontrou o passarinho mais assustado do que ela.  Era um filhote, estava visivelmente debilitado.  Surgia ali uma bonita história de amor mútuo.

A jornalista de pronto ligou para um amigo,  entendido no assunto,  que a orientou como cuidar do passarinho até que ganhasse forças para voar, enfim ir embora.  A questão é essa. Ele,  mesmo em liberdade , escolheu ficar ali. Acompanha toda a rotina doméstica da jornalista. Até mesmo nos momentos de leitura ele fica ali pertinho dela como quem estivesse lendo também.  Ele a acorda e só dorme quando ela chega do trabalho. Uma relação de proteção mútua.

A jornalista garante que consegue conversar com o Aparecido.  Sabe quando ele fica triste, quando zanga e quando quer carinho. E ela prova isso com pequenos registros da rotina dele. Parece gente, posso garantir depois dos vídeos que vi. 

A jornalista Suely Moura me disse que o Aparecido é livre. Existe uma relação de amor  entre ambos que ela não sabe explicar.  Sabe que um dia ela vai chegar em casa e ele pode ter ganhado o mundo. Isso aconteceu um dia, mas ele voltou.  Ela sabe o que sentiu nas poucas horas de ausência do amigo, companheiro e protetor,  Aparecido”.
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