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23/01/2021 às 00h00min - Atualizada em 23/01/2021 às 00h00min

A nova realidade para a Educação brasileira

Vanessa Araújo
O termo “aluno protagonista” tem sido explorado de uma forma mais intensa nos últimos anos, em nosso país. A possibilidade de romper com o tradicionalismo para dar espaço a uma relação de troca entre estudante e professor se torna cada vez mais presente na realidade educacional brasileira.

Com a aprovação do novo Ensino Médio, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) passa por mudanças importantes para estimular essa metodologia. Agora, os adolescentes contarão com uma formação geral básica, onde deverão cumprir 1,8 mil horas, em quatro áreas diferentes, sendo elas: Linguagens; Matemática; Ciências da Natureza; e Ciências Humanas.

Além disso, eles poderão optar por matérias de itinerário formativo, onde será necessário cursar 1,2 mil horas de disciplina. O conteúdo está dividido em: Projetos de Vida; Língua Espanhola; Eletivas Orientadas; e Trilhas de Aprendizagem.
 
De modo geral, essa medida traz uma mudança significativa para o papel do estudante em relação ao seu aprendizado. Ao invés de trabalhar com aulas passivas, onde o professor deve buscar a presença do aluno dentro das salas, as instituições contarão com adolescentes autônomos que estarão preparados para o mercado de trabalho. Não haverá mais espaço para estudos em formato de ”ctrl c + ctrl v”.

 O estudante, acima de tudo, terá a responsabilidade de buscar o próprio crescimento acadêmico. Esse modelo rompe com as zonas de conforto e mostra que a construção de um profissional de sucesso depende de uma boa base disciplinar.
 
Vale destacar também que a criatividade exerce um papel fundamental dentro de toda essa história. Isso porque as atividades institucionais pedem que cada aluno encontre a sua essência e, a partir de então, utilize os próprios conhecimentos para pensar fora da caixinha.
 
Todos esses aspectos buscam incentivar o pensamento crítico do aluno. Ao oferecer diferentes pontos de vista, é possível incrementar o debate e a capacidade de expor ideias e opiniões próprias.
 
É inegável que essa forma de ensino ainda é um tabu social no Brasil. Contudo, é preciso estar aberto às transformações escolares para que os jovens de hoje em dia acompanhem as tendências do futuro. Essa mudança atinge aspectos importantes para a formação de um adulto consciente e capacitado. Sem dúvidas, estamos no caminho para abrir espaço a grandes profissionais dentro do nosso mercado.
* Vanessa Araújo é Diretora Pedagógica do Colégio Seriös
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