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14/01/2021 às 00h00min - Atualizada em 14/01/2021 às 00h00min

Tocantins é 4º estado em mortes por afogamentos em 2020

Os homens são maioria dos casos, chegando a 84% dos afogados

(Com Informações do CBMTO)
Bombeiros militares em ação de busca por vítimas de afogamento no Tocantins - CBMTO
O Tocantins fechou 2020 em quarto lugar no ranking nacional de mortes por afogamentos, com estatística na casa do 28,07%, em comparação com 2019. A estatística foi apresentada pelo Corpo de Bombeiros Militar, por meio da gerência de Monitoramento da Defesa Civil Estadual. Segundo o órgão, 73 pessoas morreram afogadas ano passado, contra 57 do ano retrasado, ou seja, 16 ocorrências a mais.

Durante todo o período, o Corpo de Bombeiros Militar fez alertas para que os banhistas evitassem locais perigosos, sem a presença de salva-vidas e com ausência de sinalização de segurança. Ainda assim, os números não pararam de subir. Em abril, quando tudo já estava fechado por causa da pandemia da covid-19, 09 pessoas morreram em algum rio tocantinense. Em setembro, 13 foram a óbito, no maior pico desse tipo de ocorrência.

“O comportamento da população praieira em 2020 foi atípico. Os pontos urbanos de lazer, em virtude da pandemia, estavam todos praticamente fechados. Houve deslocamentos para atividades de pesca em balneários particulares, onde não havia segurança contra afogamentos”, relatou o major Antônio Luiz Soares da Silva, gerente de Monitoramento da Defesa Civil Estadual.

Para Soares, a mudança de comportamento pode ter relação com o aumento dos casos de afogamento. “Se observarmos os últimos dez anos, de 2010 a 2019, tivemos uma média de 67 óbitos por afogamento. E em 2020, foram 73 casos, um aumento de 10%. É uma preocupação para a segurança pública e isso precisa deixar toda a população em alerta”, frisou.

A maior variável observada nas estatísticas tem relação com bebida alcoólica ou sair para nadar após a refeição. A ausência de colete salva-vida vem em segundo lugar, conforme explica o gerente de monitoramento. “As pessoas avaliam mal os riscos e superestimam suas habilidades com a natação, aventurando-se em travessias, saltos de locais elevados e nadar, afastando-se da margem. E ainda há aqueles que não dão a devida atenção às crianças nos ambientes aquáticos”, pontuou o major.

Os homens são maioria dos casos, chegando a 84% dos afogados. E os rios foram os locais onde mais houve afogamentos (62%). Os apontamentos da Defesa Civil Estadual ainda relatam que 50% das mortes tiveram relação com bebidas alcoólicas, 29% estavam em algum tipo de embarcação e 73% sabiam nadar, reafirmando a frase “só morre afogado quem sabe nadar”.
“Devemos lembrar que a prevenção ainda é a melhor ferramenta contra os afogamentos”, conclui o major Soares. 

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