19/12/2020 às 00h00min - Atualizada em 19/12/2020 às 00h00min
Confraternização, mesclada com boa música, adentra noite de domingo
“Legião de amigos” prestigia evento, em ano atípico, sem seu confrade-mor, o Chico
Raimundo Primeiro
Foto: Antônio Pinheiro No domingo (13/12), foi realizada a confraternização de final de ano da Banca do Chico, uma das confrarias mais conhecidas, não só de Imperatriz, mas do Maranhão.
Aos poucos, a programação foi ganhando corpo, com direito, inclusive, aos melhores ritmos da música brasileira, tocados por artistas locais, “pratas da casa”, que entendem do ofício.
Confrades e confreiras se irmanaram com os convidados. Pessoas dos diversos cantos e áreas da cidade, amigos e amigas, que, para lá, acorreram, todos com um único propósito: relaxar do dia a dia e, principalmente, encerrar o ano, como manda o figurino, em alto estilo: comemoração e conversas sobre os mais diversificados temas.
Apesar da ausência do titular da Confraria, Chico da Banca, mais conhecido por Chico Gentileza (in memoriam), o clima foi efetivamente de calor humano, de pura descontração, amizade e planejar de ações para o ano vindouro, entre amigos.
Chico da Banca partiu em junho deste ano. Deixou, porém, saudades e, notadamente, “um milhão de amigos”, parafraseando aqui o compositor e cantor Roberto Carlos. Estavam lá, recebendo a todos, a esposa, Maria José, a Mazé, como ela era carinhosamente chamada pelo Chico da Banca, além da filha, Marta, ciceroneando a todos.
A banca, tal qual a praça, não era mais do Chico, mesmo quando ele estava entre nós. Transcendeu, rompeu barreiras, tornou-se, porém, um patrimônio da cidade, de todos, pois os vários assuntos ocorridos em Imperatriz, até futebol, lá são comentados – e com esmero.
Os confrades e confreiras são inteligentes, dotados de dons. Discutem, com maestria, os temas atinentes ao dia da cidade e da região tocantina, não esquecendo da capital, São Luís. A Banca do Chico é conhecida além de Imperatriz. Não mencionando os políticos e famosos que lá estiveram – e continuam indo.
A ausência do confrade-mor sentida. A aura, o jeito peculiar de ser do Chico da Banca, predominaram. Todos estavam em alto astral.
A Banca do Chico é união, divergências, as vezes, já que o clima de discussão é democrático, com os confrades e confreiras concordando e/ou não com os assuntos em pauta, com as cousas e lousas que vêm à tona, principalmente durante as manhãs/tardes de domingos, quando acontecem os maiores encontros, ou seja, as resenhas que todos gostam e, sobretudo, participam.
Fazer resenha, instiga. Traz à baila o senso crítico. Os jovens aprendem, pensam. Resenhando, portanto, continuemos. Assim, tornemo-nos seres humanos melhores e, obviamente, colaboramos no processo de construção de uma melhor cidade para todos nós. Imperatriz merece. Sua população, idem.
A cadeira, cor vinho, na qual o Chico da Banca sentava, consta da fotografia oficial da Confraternização 2020 da Banca.
E, conforme Cícero: “a amizade torna a prosperidade mais brilhante e ilumina a adversidade, por dividi-la e compartilhá-la”.