Quem nunca recebeu aquela dica do amigo para tomar um antibiótico e tratar uma dor de garganta ou ouvido? Isso é bem comum, certo? No entanto, muitas pessoas desconhecem que o uso de antibióticos sem prescrição médica pode ter consequências sérias para a saúde . De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a automedicação é considerada um problema de saúde global, sendo uma das principais ameaças do século XXI. Inclusive, um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) realizado em 2019 concluiu que, até 2050, o uso indiscriminado de antibióticos poderá resultar em cerca de 10 milhões de mortes por ano.
ALERTA A farmacêutica e docente do curso de Farmácia da Facimp Wyden, Maria Carolina, explica que esses medicamentos só devem ser utilizados após o diagnóstico médico. Ela alerta que, se os antibióticos forem utilizados com muita frequência, os microorganismos podem terminar criando resistência à medicação. “Esse tipo de medicamento é usado em casos de infecções fúngicas ou bacterianas. Se você usa sem prescrição, pode estar dificultando o seu próprio tratamento”, alerta.
Essa resistência cada vez maior do microrganismo pode levar à ineficácia dos medicamentos no combate às infecções, um processo perigoso e que torna o organismo mais vulnerável às ameaças fúngicas e bacterianas. “Além disso, o organismo fica sujeito a reações neurológicas, gastrointestinais, alérgicas, entre outros efeitos colaterais que são avaliados pelo profissional no momento da prescrição”, orienta a especialista.
MODO DE USAR Maria Carolina compartilha algumas dicas para o uso ideal dos antibióticos, quando receitados por um profissional médico. Confira:
- Nunca use antibióticos sem a indicação do médico ou dentista, que são profissionais que possuem habilitação para prescrição;
- Utilize sempre a dose que foi prescrita e nos horários corretos;
- Respeite a duração adequada do tratamento e nunca pare antes do prazo indicado, mesmo que os sintomas tenham melhorado;
- Evite guardar sobras de antibióticos em casa, pois a quantidade geralmente não é suficiente para um novo tratamento.
