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24/05/2023 às 17h44min - Atualizada em 24/05/2023 às 17h44min

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Da Redação
GB Edições

Instantes de Um Tempo Interior

Professora de Filosofia na Organização Internacional Nova Acrópole há 33 anos, poetisa, roteirista de peças de teatro e escritora, Lúcia Helena Galvão já teve poesias convertidas em letras de músicas interpretadas por Zizi Possi, Flávia Wenceslau e o conjunto “Música do Interior”. Em sua escrita, a filósofa apresenta a profundidade da existência humana e acredita que a poesia pode estimular o pensamento crítico. Por conta disso, dedicada aos estudos sobre a consciência do ser humano e seus desdobramentos em diversas áreas – como Filosofia e Educação –, a autora traz esta visão filosófica da vida em “Instantes de Um Tempo Interior”, livro lançado pela Literare Books International. De forma simples, acessível e com uma linguagem cativante, Lúcia Helena Galvão transmite sensibilidade nos textos, o que proporciona momentos de contemplação e análise sobre vida e condição humana. Os poemas desta nova obra da escritora falam sobre amor, perda, saudade, fé, passagem de tempo e espiritualidade. Alguns dos textos possuem nomes de deuses do Olimpo como título e traçam a síntese da psique humana, ou seja, expõem frases que, a partir de uma simbologia, culminam em um “manual do bem-viver” humano. Ao longo das páginas de “Instantes de Um Tempo Interior”, Lúcia Helena propõe, de maneira sensível e delicada, a compreensão da complexidade dos sentimentos humanos. E convida os leitores a contemplarem a vivência em todas as suas nuances, celebrar a beleza dos momentos simples e caminhar para uma jornada de autodescoberta e conexão com o mundo. O livro tem 272 páginas.
 

Amazonas, Abolicionistas e Ativistas

A luta feminina por igualdade é longa e já foi contata por diversos ângulos. Agora, a obra “Amazonas, Abolicionistas e Ativistas” relata esta história de maneira inovadora: em formato “graphic novel”. Lançamento da Editora Seoman e escrita pela ativista e crítica cultural negra Mikki Kendall, ela apresenta as principais figuras e acontecimentos que promoveram os direitos das mulheres ao longo do tempo. Kendall, ao lado da ilustradora queer A. D´Amico, relata as proezas de mulheres notáveis ao longo da história – de rainhas e combatentes da liberdade a guerreiras e espiãs –, além de citar importantes passagens sobre os movimentos progressistas liderados por mulheres que moldaram a história, entre eles a abolição, o movimento sufragista, a entrada da mulher no mercado de trabalho, os direitos civis, o movimento LGBTQ+, os direitos reprodutivos e muito mais. Traduzida pela brasileira Denise de Carvalho Rocha, esta HQ trata, de forma contundente e ousada, de diversos temas que compõe a trajetória das mulheres rumos aos seus direitos, como: os direitos das mulheres na antiguidade; como era o poder de imperatrizes, rainhas e princesas; o papel da escravidão, do colonialismo e do imperialismo no processo de apagamento das mulheres; a luta feminina pela liberdade e a marcha pela igualdade. Passa ainda pela revolução sexual e pela crise da AIDS (entre 1960 e 1980) e pelos feminismos corporativo, inclusivo etc. O livro tem 208 páginas.
 

São Paulo, a Cidade na Escala Hipster

Nos últimos anos, alguns bairros da região central de São Paulo vêm sendo cada vez mais procurados por jovens das camadas médias e altas da população, na contramão de uma tendência histórica de deslocamento das elites para longe do Centro. São muitos os fatores que resultam nessa movimentação – que é objeto do estudo de Maurício Alcântara em “São Paulo, a Cidade na Escala Hipster”, livro lançado pela editora Telha. Na pesquisa, o antropólogo investiga as motivações que levam esses jovens privilegiados a optar por viver na zona central da maior capital do país, movidos por novos repertórios – em geral, mais progressistas e conectados com tendências globais – de estar na cidade, de reivindicá-la e de usufruir dela. Além disso, o autor reflete sobre as consequências desse fenômeno da “hipsterização”, colaborando para o debate global acerca da "gentrificação" a partir da etnografia urbana. O ponto de partida da pesquisa foi uma mudança no perfil do comércio local, com a proliferação de novos restaurantes, espaços culturais, lojas e cafés voltados a um público majoritariamente jovem, composto por pessoas alinhadas a um espectro político progressista, que trabalham em áreas que valorizam a criatividade, e fazem questão de usufruir de toda a diversidade cultural e de serviços que a região oferece. O livro tem 240 páginas.
 

O Aprendiz

Pai alcoólatra, mãe abusiva, irmão opressor, irmã ausente. Assim era composta a família de Davi, um menino que antes de completar 10 anos já havia vivenciado mais experiências traumáticas que a maioria dos adultos. Tantos transtornos fizeram despertar nele um monstro interior, que a cada acesso de raiva o deixava absurdamente violento, como se dominasse seu corpo e mente. Baseado em uma história real, Rodolpho Ramos estreia na literatura com a densa narrativa de “O Aprendiz”. Na obra, publicada pelo Grupo Citadel, o autor narra cronologicamente os acontecimentos que fizeram o protagonista cavar o fundo do poço rumo ao inferno, até descobrir que ele mesmo já havia se tornado parte das trevas. Conforme o menino crescia, o ódio fazia com que o monstro ganhasse mais espaço dentro dele. Com a idade, veio a força, que aliada à coragem fazia com que ele enfrentasse e agredisse quem quer que fosse. A mãe, o padrinho e até os amigos eram vítimas de seus ataques de fúria. Sempre envolvidos em brigas nas ruas e em festas, Davi flertou com a morte inúmeras vezes até entender que precisava mudar se quisesse continuar vivo. Ao misturar ficção e veracidade, Rodolpho Ramos traz para os leitores relatos muitas vezes angustiantes de um personagem que beirou ganhar o título de assassino mais vezes do que os dedos de uma mão podem contar. Mesmo com todos os motivos para desistir de viver, ele encontrou uma forma de lidar com os próprios demônios. Assim como na vida real, a trajetória de Davi não termina como num conto de fadas, mas o que importa é que agora o monstro já não está mais ali. O livro tem 304 páginas.
 

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