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22/05/2023 às 21h06min - Atualizada em 22/05/2023 às 21h06min

Preso no Mato Grosso estelionatário aplicou golpe em Araguaína

Cartões e celulares apreendidos

Da Assessoria
Foto: DICOM/SSP-TO
   
Uma operação da Polícia Civil do Tocantins cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Cuiabá (MT), dia 18, contra suspeitos de integrarem uma associação criminosa especializada na prática de estelionato eletrônico, na modalidade conhecida como ‘golpe do falso intermediário’.

Conforme o delegado Alexander Pereira da Costa, o crime que deu início às investigações ocorreu na cidade de Araguaína, norte do Tocantins, e gerou um prejuízo de R$ 28 mil para a vítima em dezembro de 2022. Na ocasião, ela acabou realizando a transferência para conta do golpista, acreditando que estava adquirindo um veículo do seu legítimo proprietário.

Durante o cumprimento dos mandados de busca em residências de pessoas suspeitas de envolvimento com os golpes, a Polícia Civil do Tocantins, com apoio da Delegacia de Combate a Estelionatos de Cuiabá, apreendeu vários cartões bancários, além de aparelhos celulares, que, possivelmente, eram utilizados para aplicar os golpes.

Como funciona o ‘golpe do falso intermediário’

O delegado Alexander explica que o criminoso começa entrando em contato com o vendedor de determinado bem, especialmente veículos, e solicita mais informações do produto. Ao final, ele oferece uma proposta de compra.

“O estelionatário sempre alega para o vendedor que está adquirindo o bem para um terceiro, geralmente cita parentes, funcionários ou até amigos, com quem tem alguma dívida”, frisa a autoridade policial.  

Na sequência, o golpista realiza a clonagem do anúncio, ou seja, o criminoso cria um anúncio com as mesmas fotos e dados do bem, colocando à venda nas plataformas digitais por um valor abaixo da média do mercado, atraindo assim, pretensos compradores.

Após manter contato com vendedor e comprador, o golpista faz com que as vítimas se encontrem em um determinado local para que o carro seja exibido. “Para o vendedor, o criminoso diz que o parente (ou funcionário, amigo, etc.) está indo ver o carro, enquanto isso, o comprador acredita estar olhando o carro com algum conhecido do suposto vendedor, sendo que ambas as partes são instruídas a não falar de preço nessa visita, o que é uma característica típica do golpe do intermediário”, explica o delegado.

Assim, o criminoso induz as vítimas a acreditarem que estão realizando um negócio de compra e venda legítimo, fazendo com que ao final, o pretenso comprador realize a transferência da quantia para uma conta bancária indicada pelo próprio estelionatário.

Como evitar cair no golpe

Conforme a Polícia Civil, o cidadão não pode negociar com intermediários, dando sempre preferência a negociar diretamente com o dono do veículo, suspeitando de negociações que, além de possuir terceiros, pedem sigilo acerca dos valores negociados entre as partes. Além disso, deve certificar-se de que o dinheiro está em sua conta bancária e não transfira o veículo sem essa confirmação.

“É muito importante que o potencial comprador do bem se cerque de alguns cuidados, a fim de não ser mais uma vítima do golpe. Sempre desconfie de ofertas muito boas, como um carro em excelentes condições e valor abaixo do normalmente praticado no mercado. Desconfie de histórias contadas pela outra pessoa da negociação acerca de valores que irá receber de uma rescisão no trabalho ou dívidas de amigos e familiares. No caso do comprador, confirme os dados e faça transferência apenas para a conta bancária do proprietário do veículo ou seu representante legal”, pontua a autoridade policial.

As investigações prosseguirão para que a Polícia Civil possa identificar todos os envolvidos nesse tipo de golpe, que já causou milhares de reais em prejuízos, sobretudo, na cidade de Araguaína.

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