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07/05/2023 às 21h58min - Atualizada em 07/05/2023 às 21h58min

Cada vez mais sedentárias, as crianças também estão comendo mal e engordando

A questão da obesidade é questão de saúde pública em todo o mundo. A situação se agrava e merece maior atenção quando se observa o aumento do índice de crianças com sobrepeso. No Brasil, este percentual chega a quase 34%, entre crianças de 5 a 9 anos.

Da Redação
GB Edições
Ilustração: Rede Nacional Primeira Infância
Mais sedentárias e comendo pior, as crianças estão engordando e o que é mais triste, elas estão adoecendo. Sintomas como pressão sanguínea alta, manifestação de diabetes tipo 2 precocemente e níveis elevados de colesterol no sangue são alguns dos diagnósticos que crescem junto com o sobrepeso. Há também efeitos psicológicos, como a baixa autoestima, imagem corporal negativa e depressão.

Segundo os especialistas no tratamento de pacientes com diabetes, as raízes destas doenças estão fortemente relacionadas com os hábitos alimentares e é necessária uma revisão das diretrizes nutricionais e de saúde pública.

A censura continuada das gorduras naturais afastou por muito tempo as pessoas dos alimentos altamente nutritivos. As carnes, peixes, ovos, nozes, sementes, azeitonas e abacates deixaram de fazer parte do cotidiano e entraram os congelados e carboidratos refinados.

A obesidade infantil é caracterizada pelo excesso de peso entre bebês e crianças de até 12 anos de idade. A criança é identificada como obesa quando seu peso corporal ultrapassa em 15% o peso médio correspondente a sua idade. É uma condição em que o excesso de gordura corporal afeta negativamente a saúde ou bem-estar de uma criança.

O crescimento do índice de obesidade infantil pode estar condenando as futuras gerações. Crianças com sobrepeso hoje, serão adultos doentes amanhã. O caminho da transformação passa pela educação alimentar. Educação transforma os adultos e as crianças aprendem com o exemplo deles.

Os especialistas em Nutrição explicam que o maior erro de papais e mamães é comprar alimentos industrializados, tais como congelados, sorvetes, biscoitos recheados, ou biscoitos integrais; farináceos de trigo, como pães e massas, sendo que os doces diversos e alimentos lights são outro sério problema. Aliado a isso tem a não ingestão de alimentos naturais que são ricos em gorduras saudáveis, como ovos caipiras, abacate, dentre outros alimentos fundamentais para a saúde infantil e também de adultos.

O tratamento da obesidade infantil exige a participação da família de forma a incentivar a criança a adotar estilos saudáveis de vida que ajudam a combater a obesidade. É importante que os adultos desenvolvam maior consciência sobre o consumo de alimentos e que as crianças comecem a aprender isso desde cedo. Alimentos ricos em gorduras trans e açúcar, mas pobres em nutrientes, como fast-food, congelados, biscoitos e doces, recheiam o cardápio dos pequenos. O medo da violência mudou hábitos simples que contribuíam para a saúde, como brincar na rua ou ir a pé para a escola. Mais sedentárias e comendo pior, as crianças estão engordando.

Para reverter esse quadro é importante ter consciência que a mudança começa em casa, com a melhora dos hábitos alimentares de toda a família. Os pais são os primeiros modelos de comportamento para as crianças. Além disso, é importante ter consciência que quanto mais avançada à idade mais difícil será para mudar os hábitos. Quanto mais cedo for feito isso, melhor para a saúde.

 

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