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20/04/2023 às 17h23min - Atualizada em 20/04/2023 às 17h23min

Supermercado Mateus é acusado de racismo

Weslane Sousa teve as compras reviradas na frente das duas filhas e teria sido acusada de furto pelo segurança do supermercado

Da Redação
Weslane Sousa - Foto: Reprodução / TV Mirante
 
Abordada por um segurança no Supermercado Mateus da avenida Babaçulândia, a dona de casa Weslane Sousa disse ter sido vítima de racismo. Durante o registro do Boletim de Ocorrência ela afirmou ter sido acusada injustamente de furto de iogurtes. O episódio já amplamente divulgado pela TV Mirante durante o Jornal do Maranhão, Segunda Edição, foi gravado em vídeo pela própria vítima que estava acompanhada da mãe e de duas filhas, uma de seis anos e a outra, uma bebê, de seis meses.

Nas imagens, as compras que ela portava, estão jogadas ao chão. Constrangida, Weslane que é negra, explica que não roubou nada, isso teria ocorrido após a saída dela do supermercado, quando foi abordada com a exigência de mostrar o cupom fiscal da compra para checar os itens. Weslane Sousa afirmou que em determinado momento, o segurança a teria acusado de ter escondido os iogurtes em uma parte do carrinho da bebê e pediu para que ela fosse para fora do supermercado para ‘evitar constrangimentos’.

No carrinho da bebê - “No momento em que eu estava saindo ele pediu a nota fiscal para minha mãe. Ela deu. E aí, eu falei: ‘a minha está mais na frente’. Ai, ele pegou, olhou, viu que estava tudo e depois, ele esbarrou em mim e disse: ‘É o seguinte, você roubou uns ‘danones’ aí? Está no capô do carrinho da bebê e para evitar mais constrangimento, você vai tirando para fora’. E foi a hora que pedi para minha mãe gravar, mas nervosa, ela não conseguiu. Foi aí, eu escutei no rádio: ‘É essa aí que estava saindo agora’, a moça disse isso”, contou.

Weslane afirmou que a filha de seis anos ficou bastante abalada com a situação, chorou muito e relatou que estava sentindo dores no peito e medo. Também a mãe, segundo Weslane teria ficado transtornada durante o episódio e em estado de choque começado a gritar

B.O - A vítima fez um Boletim de Ocorrência online porque no momento do crime, o atendente da delegacia estava em horário de almoço. Weslane acredita que foi tratada desta forma devido à cor da pele e pela forma simples como estava vestida.

A advogada Sara Martins afirmou que a situação é revoltante e protocolou uma solicitação de fornecimento das imagens das câmeras de segurança do supermercado.

PROCON Notifica - Em matéria enviada à imprensa sob o título Procon Municipal notifica supermercado por constranger mulher negra em público, o PROCON Municipal órgão da Prefeitura ligado a Procuradoria-Geral do Município (PGM), afirmou ter notificado o estabelecimento. Segundo o gestor de fiscalização do Procon Municipal, Alessandro Lima observou que o supermercado não adotou a medida adequada. “Pois constrangeu a senhora de forma humilhante”

Notificado, terá o prazo de 10 dias para apresentar suas considerações. O gestor de fiscalização acrescentou que os estabelecimentos comerciais podem perfeitamente adotar medidas para coibir furtos e perdas nas suas dependências, no entanto, tais ações devem zelar pela dignidade da pessoa sem exposição pública, vexatória ou constrangedora.

OUTRO LADO - Em Nota Oficial, o grupo Mateus Supermercados afirmou que a verificação dos cupons fiscais é adotada por empresas do segmento e que os procedimentos da empresa não são movidos por preconceito ou discriminação.

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