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05/04/2023 às 18h05min - Atualizada em 06/04/2023 às 00h00min

Incubação virtual de startups segue forte mesmo após pandemia

Tendência é caminhar para um processo híbrido de desenvolvimento das empresas

SALA DA NOTÍCIA Alexandre Lenzi - [email protected]
Primeira Via Comunicação Integrada
Divulgação

Impulsionada pela pandemia, a incubação virtual de startups veio para ficar e hoje faz parte de empresas país afora. Em Santa Catarina, o CELTA, uma das maiores e mais bem sucedidas incubadoras da América Latina, conta com 45 startups incubadas presencialmente e outras sete acolhidas em processo virtual. E a tendência é aumentar a incubação remota, abrangendo iniciativas de todo o país e caminhando para um processo híbrido de treinamento e desenvolvimento das empresas.

O CELTA foi criado em Florianópolis em 1986 pela Fundação CERTI e hoje atua no Parque Tecnológico Alfa e no Sapiens Parque, proporcionando o ambiente propício para aproximação e networking entre startups e grandes empresas para a promoção da inovação corporativa e a geração de negócios. Das empresas que entraram no CELTA, 96% estão no mercado. "Começamos a oferecer incubação virtual bem antes da pandemia, por volta de 2010. Já acolhemos empresas de diferentes estados, como Bahia, Rio de Janeiro e Paraná. Nos últimos anos, o processo se fortaleceu e hoje acreditamos muito no modelo híbrido como o mais promissor para o futuro, valorizando o presencial e o virtual", avalia o diretor executivo do CELTA, Tony Chierighini.

O diretor reconhece na eliminação das barreiras geográficas um dos grandes ganhos da incubação virtual, permitindo a oferta de consultorias e treinamentos para empresas de qualquer região do país com acesso à internet. Mas destaca a valorização do contato presencial, principalmente para o networking com outras empresas do ecossistema. "O processo virtual pode ser um primeiro passo para que a empresa tenha acesso aos primeiros treinamentos, se estruture financeiramente e depois migre para um modelo híbrido, com encontros presenciais periódicos", avalia Tony.

Esse é o plano, por exemplo, da paranaense AeroSim, composta por cinco engenheiros. A empresa de Curitiba desenvolve tecnologias de túnel de vento digital para estruturas, buscando projetar edificações mais seguras e econômicas. Foi uma das participantes no ano passado do Arena CELTA, programa da voltado para formar uma nova geração de startups que terá sua segunda edição ainda em 2023. "Desde que decidimos procurar uma incubadora para a AeroSim, nós estávamos decididos de que gostaríamos de ir para o CELTA, devido ao seu histórico com fundadores técnicos. Nós tomamos a incubação virtual como uma porta de entrada, por sermos uma empresa de fora de Florianópolis, mas temos o objetivo de migrar para a incubação presencial quando o momento for certo", avalia o diretor de engenharia da AeroSim, Alan Lugarini.

Em um ano de incubação virtual, a empresa já colhe resultados positivos, como o acesso a contatos essenciais para o negócio com fornecedores estratégicos e agentes de fomento. "Além disso, o ecossistema de negócios do qual o CELTA faz parte é muito rico, nos dando acesso a clientes, parceiros, conselheiros, e muitas outras pessoas que contribuem de alguma forma com a nossa jornada", acrescenta Lugarini.

Outro exemplo de incubação virtual do CELTA é a Veros, que apesar de ser de Florianópolis, também aderiu ao acolhimento remoto. A empresa atua com gestão de dados para potencializar a produtividade no agronegócio. Possui hoje um time com 10 pessoas e está iniciando sua escala e internacionalização, o que crescerá o time. "Iniciamos a incubação virtual no início de 2022 com o objetivo de ter mais flexibilidade para a operação da empresa, que é 100% home office e descentralizada, com uma equipe com pessoas no Brasil, Irlanda e Austrália", explica Luis Roloff, fundador da Veros.

O diretor executivo do CELTA, Tony Chierighini, acredita que a incubação virtual pode funcionar para qualquer empresa, mas aponta que o setor de desenvolvimento de softwares tem uma facilidade maior para adaptação ao atendimento remoto do que o segmento de hardwares. Entre os prós do acolhimento remoto, ele ressalta também a redução de custos e a comodidade para as equipes. Entre os desafios, cita a necessidade de avançar ainda mais na segurança da legislação trabalhista. "O expediente híbrido é uma tendência muito forte há anos na Europa e nos Estados Unidos, aqui na América Latina a pandemia nos impulsionou para o modelo virtual. E agora vamos avançar cada vez mais no sistema híbrido, com encontros presenciais esporádicos que são fundamentais para todo o time mergulhar a fundo na cultura da empresa", explica Tony.

"Acreditamos muito no modelo híbrido como o mais promissor para o futuro, valorizando o presencial e o virtual", avalia o diretor executivo do CELTA, Tony Chierighini.

"Acreditamos muito no modelo híbrido como o mais promissor para o futuro, valorizando o presencial e o virtual", avalia o diretor executivo do CELTA, Tony Chierighini.


"Acreditamos muito no modelo híbrido como o mais promissor para o futuro, valorizando o presencial e o virtual", avalia o diretor executivo do CELTA, Tony Chierighini.


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