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30/03/2023 às 20h50min - Atualizada em 30/03/2023 às 20h50min

Interferência da Fieto em negociação causa prejuízo a 7 mil trabalhadores, acusa Sindicato

Grupo de advogados da Fieto, que, sem conhecimento de negociação coletiva, atua sem qualquer base legal, e no ano de 2022 vê-se o nítido objetivo de travar e impedir as negociações

Assessoria
Carlos Augusto Melo de Oliveira, presidente da Força Sindical-TO e Luana Pereira Parente, presidente do STIMMMEI-TO - Foto: Divulgação
 
Em nota divulgada à imprensa e à população em geral, mais órgãos classistas, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico do Tocantins (STIMMMEI-TO) aponta interferência e acusa uma possível conduta antisindical da Federação das Indústrias do Estado, a Fieto, na negociação da categoria com o Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios, o Sindirepa-TO.

Essa situação, segundo o os representantes dos metalúrgicos e mecânicos, tem atrasado a convenção coletiva, prejudicando cerca de 7 mil trabalhadores no Tocantins e quase 2 mil empresas.

“A representação patronal não está sendo realizada pelo presidente José Febrônio e sim por um grupo de advogados da Fieto, que, sem conhecimento de negociação coletiva, atua sem qualquer base legal, e no ano de 2022 vê-se o nítido objetivo de travar e impedir as negociações. E o que é pior, de forma arbitrária em visível conduta antisindical, tentam determinar que a convenção coletiva seja alterada da maneira que lhes convém”, destaca a nota de esclarecimento do STIMMMEI-TO, assinada pela presidente Luana Pereira Parente.

Conforme a nota, essa situação é inédita, pois antes sempre havia negociação de boa-fé com o Sindirepa, e centenas de empresários representados pela entidade sempre respeitaram os acordos. Contudo, até agora não houve qualquer contraproposta à minuta de convenção coletiva apresentada em outubro de 2022 e, isso, pode resultar em uma ação judicial por danos morais coletivos, com prejuízos para os empresários do setor.

“Por fim, nós do STIMMMEI, apesar das recusas e interferência, não descansaremos enquanto não concluirmos as negociações coletivas. E se necessário for, com a documentação que já acumulamos, faremos denúncias dessas condutas antisindicais junto ao Ministério Público, Ministério do Trabalho e onde mais for necessário”, destaca a nota.

O atual piso salarial da categoria é de R$ 1.290,62. A minuta do acordo coletivo prevê 6,46% de reposição da inflação para todos os trabalhadores do setor, incluindo os que possuem remuneração acima do piso. O STIMMMEI é filiado à Força Sindical-TO e conta com respaldo da entidade nessa demanda.

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