Imperatriz perde o empreendedor Lourenço Avelino, o ‘seu’ Leó, fundador do Cine Fides

Na madrugada desta terça-feira, 28, morreu Lourenço Avelino Sousa, mais conhecido por Leó Paulino, por falência múltipla de órgãos, aos 89 anos. Era filho único de Manoel Avelino de Sousa (agricultor) e Ursulina Paulino de Sousa (dona de casa). Por parte de pai, tem três irmãos.

Desbravador, ele foi empreendedor pioneiro em diversas áreas. Leó nasceu em São João dos Patos (MA), em 10 de agosto de 1933, tendo chegado à Imperatriz no começo dos anos 60. 

Conforme levantou a reportagem de O PROGRESSO, Leó iniciou suas atividades profissionais trabalhando na Casa Leão de Ouro, empresa que comercializava tecidos e confecções, indo, logo depois, para as Casas Pernambucanas.

Na área comercial, Leó foi proprietário de distribuidora de revistas, representando a Editora Bloch, que editava a “Manchete” e a “Ele & Ela”, entre outras renomadas publicações; fábrica de picolés, localizada na rua Godofredo Viana.

Visionário, com olhos para a Imperatriz do futuro, Leó inovou ao decidir montar a rede de cinemas Fides, nome em homenagem a uma das filhas, hoje residente na Finlândia, com filiais em Tucuruí (PA), Porto Franco e Estreito (MA), além de Araguatins (TO), com a sede ficando em Imperatriz, na rua Urbano Santos, Centro.

Família
Leó deixa a viúva, Maria Antônia Moreira de Sousa, 79, com quem foi casado por cerca de 60 anos, e teve três filhos: Fides, Attfield e Heidegger, e sete netos.

O corpo do empresário Leó foi velado no Complexo de Homenagem da LIV, na rua Bom Jesus, Centro, e sepultado no Cemitério São João Batista, na tarde desta quarta-feira. 

Durante entrevista, emocionado, o empresário Manoel Marcone Marques, ex-presidente da Associação dos Lojistas do Calçadão (ALC), destacou a importância da determinação de Leó no meio empresarial de Imperatriz, contribuindo de forma significativa com o processo de desenvolvimento da cidade, ao montar empreendimentos inovadores, caso, por exemplo, do Cine Fides, exibindo grandes sucessos do cinema mundial, “fazendo parte de nossas vidas, nos divertindo quando jovens”, disse.

Empresário destaca visão futurista
De acordo com Marcone Marques, o trabalho de “’seu’ Leó foi decisivo para o setor empresarial e o crescimento de nossa cidade, foi, sem dúvida, um grande homem”.

“Com muita tristeza, lamento a morte do ‘seu’ Leó. Deu grande contribuição para o setor empresarial imperatrizense. O Cine Fides foi um dos melhores cinemas do nosso Estado”, comentou Marcone Marques, acrescentando: “Agradecimentos por ele acreditar e ter feito tanto por nossa cidade”, e se solidarizando com a família e amigos.