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29/03/2023 às 21h22min - Atualizada em 29/03/2023 às 21h22min

No mês da mulher, quebradeiras de coco são homenageadas pelo Centro Cultural Tatajuba

Apresentações artísticas, exposições, e até mostras de quebra de coco marcaram um mês de homenagens.

Elson Araújo
Foto: Divulgação
   
O Centro Cultural Tatajuba encerrou o mês de março com uma vasta programação cultural dedicada às mulheres. Além da oferta de cursos e oficinas, gratuitas, para a comunidade, o período foi marcado por uma homenagem especial às quebradeiras de coco, atividade em fase de extinção no Maranhão, mas ainda presente na zona rural dos municípios de Imperatriz, Cidelândia e São Pedro da Água Branca, que se interligam através da Rodovia Estadual Padre Josino, a chamada Estrada do Arroz.

Quem teve recentemente a oportunidade de visitar o Tatajuba, localizado na Avenida Getúlio Vargas, Praça Brasil, viu que a homenagem às quebradeiras de coco estava por todos os lados. Nos painéis gigantes, grafitados por artistas da região retratando personagens e paisagens da vida real, nos objetos de artes, alimentos e joias (biojoias) manufaturados a partir das amêndoas e partilhas do coco babaçu, dispostos por todo o espaço. 

Para completar o cenário, a curadoria do evento chegou a organizar até uma mostra de quebra de coco. As homenageadas tiveram a oportunidade de mostrar aos visitantes do espaço cultural como é feita a quebra artesanal da amêndoa.

Além de ressaltar toda a cadeia produtiva do babaçu, a direção do Tatajuba ainda contou com a poesia cabocla de Lília Diniz. A escritora e atriz fez apresentações para estudantes, convidados especiais e para as homenageadas.

Lília é filha de quebradeira de coco e faz questão de imortalizar essa origem na sua obra. São diversos versos onde ela ressalta a vida e a importância das quebradeiras de coco.

  “Este ofício acaba tocando em assuntos relacionados à preservação ambiental, à cultura maranhense e à força feminina”, declarou Alice Máximo, coordenadora de projetos do Tatajuba ao avaliar a programação que teve como foco as quebradeiras de coco.

As atividades do Centro Cultural Tatajuba, como os cursos e oficinas, as estratégias de contação de histórias, a produção e exibição de filmes, apresentações artísticas, contam com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O acesso é gratuito, conforme a presidente da entidade Iasmin Taynara Lima Silva. 

Março encerrou, mas segundo informa a presidente daquele centro cultural, já foi fechada toda a programação do mês de abril. Entre as novidades do mês do descobrimento das terras brasileiras, a exposição “Lágrimas Verdes - O legado” do artista plástico Tom Neves, que será aberta ao público dia 14.

 

Sobre o babaçu

O babaçu é uma espécie (Attalea speciosa) da família das palmeiras dotada de frutos drupáceos com sementes oleaginosas e comestíveis das quais se extrai um óleo, empregado sobretudo na alimentação, remédios, além de ser alvo de pesquisas avançadas para a fabricação de biocombustíveis.

Apesar de ser uma árvore muita predada, a palmeira de babaçu ainda é abundante no Maranhão. É considerada uma planta característica da formação vegetal da área de transição entre as florestas úmidas da bacia Amazônica e as terras semiáridas da região nordeste do Brasil.  

Piauí, Pará, Mato Grosso e Tocantins são, além do Maranhão, onde a o vegetal é largamente encontrado.

Com o objetivo de preservar a espécie nesta região, em 1992, o Governo Federal, por meio de decreto, criou a Reserva Extrativista do Ciriaco, uma unidade de conservação federal localizada no município e de Cidelândia.

Nome científico: Attalea speciosa
Classificação superior: Ataleia
Classificação: Espécie
Classe: Liliopsida
Espécie: A. speciosa
Família: Arecaceae
Ordem: Arecales

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