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03/03/2023 às 23h10min - Atualizada em 03/03/2023 às 23h10min

A inteligência artificial e o desafio do agora

Elson Araújo
Ela chegou, chegando! Já realiza consultas médicas, faz arranjos musicais, realiza vendas on line, e pasmem! Basta um comando com as especificações do que se quer, e em 30 segundos, às vezes até menos, é elaborada uma fotografia como se fora produzida, ou tirada pelos melhores fotógrafos do mundo.

Também já são centenas de textos e livros, pagos ou grátis, de vários gêneros, à disposição do leitor. No mês passado um dos livros mais vendidos numa determinada plataforma de vendas on line, foi um infantil, “escrito” por uma inteligência artificial (IA). Parece assustador, mas tudo isso é uma realidade que já integra o quotidiano de milhares de pessoas, mundo afora.

 Programável, a inteligência artificial aprende e vai se aperfeiçoando a cada acesso, a cada consulta, a cada comando. Todas as grandes corporações da área da internet já estão operando e disponibilizando milhares de serviços por meio dessa nova e revolucionária ferramenta.

Não há dúvida de que se trata de uma nova revolução de caráter global que, se já não afeta, vai afetar fortemente o mundo do trabalho e as relações humanas. Para não se tornar uma peça descartável os seres humanos estão obrigados a um novo processo de adaptação ao se considerar que a chegada da Inteligência Artificial (AI) é um dos desdobramentos mais interessantes e assustadores da história da tecnologia. Ela tem o potencial de revolucionar nossas vidas, mas também pode criar desafios importantes para a humanidade.

Por um lado, a Inteligência Artificial traz muitas vantagens para o nosso mundo. Ela pode nos ajudar a resolver problemas complexos, reduzir os custos de produção e aprimorar a qualidade dos produtos e serviços. Além disso, pode ajudar a automatizar tarefas repetitivas e facilitar o acesso a informações importantes.

No entanto, a Inteligência Artificial também pode trazer vários desafios. Por exemplo, ela pode criar riscos para a segurança e privacidade, aumentar a desigualdade de renda, reduzir o número de empregos e prejudicar a saúde mental das pessoas. Além disso, pode gerar resultados injustos e incorretos, se não for usada adequadamente.

Na semana passada, ao refletir sobre o tema no brilhante  texto  O biocomputador e a consciência, o escritor e filósofo, membro da Academia Imperatrizense de Letras Tasso Assunção, destacou que de fato  “os computadores evoluem, tornam-se cada vez mais capazes de produzir resultados surpreendentes e já superam grandes gênios em termos do volume de informações que podem processar”, contudo, prossegue ele, embora “os computadores e a inteligência artificial possam vir a executar todas as atividades mentais, jamais serão conscientes e não poderão em tempo nenhum aprender a refletir autonomamente”

Pelo menos esse aspecto, a da incapacidade de desenvolver a consciência e refletir, como destaca Tasso Assunção, de alguma forma nos deixa menos preocupados. Já imaginou se num futuro, não muito distante, além dessas multitarefas a IA, como a gente já assiste nas produções cinematográficas, de uma hora para outra, adquira consciência?

É ou não é assustador?

O filósofo refrigera nosso coração.

“Eles podem acumular conhecimento, mas não estarão em hipótese alguma em um “estado de conhecer”. Em outros termos, saberão, mas jamais saberão que sabem, o que caracteriza o Homo sapiens”

Em suma, a Inteligência Artificial pode trazer muitas vantagens, mas também pode trazer desafios. É importante que os governos e empresas trabalhem juntos, desde logo, para garantir que os benefícios da tecnologia sejam aproveitados por todos, e que os riscos sejam minimizados.

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