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31/01/2023 às 21h35min - Atualizada em 31/01/2023 às 21h35min

Papa Francisco cria Diocese de Araguaína e nomeia Dom Giovane como bispo

Nova diocese terá 22 paróquias em 19 municípios

Da Assessoria
Dom Giovane Pereira de Melo, 1º bispo da Diocese de Araguaína - Foto: Divulgação
 
A Nunciatura Apostólica do Brasil anunciou, na manhã desta terça-feira (31/01), a decisão do Papa Francisco de criar a Diocese de Araguaína (TO) e nomear o primeiro bispo diocesano, Dom Giovane Pereira de Melo, transferindo-o da sede de Tocantinópolis.

O arcebispo metropolitano de Palmas e presidente do Regional Norte 3 da CNBB, Dom Pedro Brito Guimarães, foi o responsável por oficializar o anúncio, primeiramente, durante celebração restrita ao clero, religiosas e lideranças leigas, na matriz São Sebastião, catedral provisória da nova diocese.

Desmembrada das Dioceses de Tocantinópolis e Miracema do Tocantins, a nova diocese terá uma população estimada de 308 mil habitantes em um território de 35.826,93 quilômetros quadrados, distribuídos em 19 municípios do meio-norte tocantinense. A Diocese de Araguaína contará com 22 paróquias, 18 padres diocesanos, 13 padres religiosos, 8 diáconos permanentes, 12 seminaristas e 15 religiosas.

Os municípios que compõem a nova Diocese são: Araguaína, Arapoema, Aragominas Araguanã, Bandeirantes do Tocantins, Barra do Ouro, Babaçulândia, Carmolândia, Campos Lindos, Filadélfia, Goiatins, Muricilândia, Nova Olinda do Tocantins, Palmeirante, Pau D’arco, Piraquê, Santa Fé do Araguaia, Xambioá e Wanderlândia.

 

Concretização de um sonho antigo

Em 1978, a Regional Centro-Oeste da CNBB encomendou ao CERIS um estudo da realidade socioeconômica das dioceses e prelazias que o compunham. O relatório, assinado por Célia Maria Santos Bertone propunha, já naquele tempo, uma nova diocese com sede em Araguaína. Porém, a proposta não foi levada adiante por Dom Cornélio Chizzini, primeiro Bispo Diocesano de Tocantinópolis, por causa de muitas outras preocupações da época, sobretudo os graves conflitos de ocupação da terra que culminaram com a morte do Pe. Josimo Moraes Tavares, em maio de 1986. A morte de Dom Cornélio colocou na gaveta o projeto do Regional Centro-Oeste que só foi retomado, em 1997, por Dom Aloísio Hilário de Pinho, mas que também não logrou continuidade.

A criação do Estado do Tocantins, em 1988, trouxe ao norte um novo alento e desenvolvimento econômico-social. Em 2003, Dom Miguel Ângelo Freitas Ribeiro, terceiro bispo da Diocese de Tocantinópolis, apresentou novamente o projeto de criação da Diocese de Araguaína, que na época contava com o apoio dos demais bispos do Tocantins, bem como do então Núncio Apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri.

Porém, houve mudança do Núncio Apostólico, do Arcebispo Metropolitano, do Bispo Diocesano, de bispos da Província, e novamente o projeto não se concretizou.

Com a chegada de Dom Giovane e de outros bispos da Província Eclesiástica de Palmas, o projeto foi retomado e revisado. Até que nesta terça-feira (31/01/2023), a Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou a decisão do Papa Francisco de criar a Diocese de Araguaína.

 

Nova configuração das Dioceses de
Tocantinópolis e Miracema do Tocantins

Com a criação da Diocese de Araguaína, a Diocese de Tocantinópolis permanece com o território da região do Bico do Papagaio, extremo norte do estado. A nova organização territorial terá uma população de 214.313 habitantes em 25 municípios do Bico do Papagaio. A diocese contabilizará 15 paróquias, 14 padres diocesanos, 03 sacerdotes religiosos, 01 diácono permanente, 05 seminaristas e 02 congregações religiosas femininas.

Os municípios que continuam a fazer parte do território da Diocese de Tocantinópolis são: Aguiarnópolis, Ananás, Angico, Araguatins, Augustinópolis, Axixá do Tocantins, Buriti do Tocantins, Cachoeirinha, Carrasco Bonito, Darcinópolis, Esperantina, Itaguatins, Luzinópolis, Maurilândia do Tocantins, Nazaré, Palmeiras do Tocantins, Praia Norte, Riachinho, Sampaio, Santa Terezinha do Tocantins, São Bento do Tocantins, São Miguel do Tocantins, São Sebastião do Tocantins, Sítio Novo do Tocantins e Tocantinópolis. Até a instalação da Diocese de Araguaína, Dom Giovane continua como administrador da Diocese de Tocantinópolis. Após a sua saída, o Papa Francisco deverá nomear outro bispo.

Com os três municípios agregados ao território da nova Diocese, a Diocese de Miracema do Tocantins, passa a ter uma população de 207.498 habitantes, 20 paróquias, 22 padres diocesanos e 03 religiosos, 10 diáconos permanentes, 05 seminaristas e 22 religiosas. A Diocese continua sob o governo pastoral de Philiph Dickmans.

 

Dom Giovane Pereira de Melo

Dom Giovane nasceu em 16 de janeiro de 1959, em Salinas (MG). Estudou Filosofia na Faculdade Católica de Mato Grosso e Teologia no Instituto Teológico, em Campo Grande (MS). Dom Giovane é especialista em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Mato Grosso e Mestre em Teologia Pastoral pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, de São Paulo (SP).

Ordenado presbítero em 24 de março de 1990, na Diocese de Rondonópolis (MT), foi Coordenador Diocesano de Pastoral e reitor do Seminário Maior Jesus Bom Pastor da Diocese de Rondonópolis, em Várzea Grande (MT), pároco a paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Rondonópolis e assessor de diversas pastorais, movimentos, organismos e serviços. No Regional Oeste 2 foi represente dos Presbíteros, presidente da OSIB, coordenador do Serviço de Animação Vocacional (SAV) e professor do Studium Eclesiástico Dom Aquino Correa (Sedac).

No dia 4 de março de 2009, ele foi nomeado bispo da Diocese de Tocantinópolis (TO) pelo papa Bento XVI. Ordenado para o episcopado pela imposição das mãos de dom Juventino Kestering, no dia 8 de maio daquele ano, escolheu como lema: “Cuidarei do rebanho de Deus a mim confiado” (Ez 34,11).

Dom Giovane foi bispo referencial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), no estado do Tocantins regional Norte 3, e membro da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB, sendo o responsável pelo acompanhamento do Setor CEBs em âmbito nacional. Desde o ano de 2018 é o Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da CNBB.

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