Maria Mazillo Ganhador da 10ª edição do programa The Voice Brasil, em 2021, o cantor, violonista, compositor e arranjador Giuliano Eriston se apresenta, pela primeira vez, no Rio de Janeiro. O artista apresenta ao público carioca os sucessos do seu recém álbum “Universo em si” no Teatro Cesgranrio no dia 04 de fevereiro.
Em um ambiente intimista, que relembra uma casa interiorana, o artista cearense toca suas faixas como se estivesse entre amigos. “Proponho trazer o público para esse ambiente intimista, como se estivesse recebendo na sala de casa para compartilhar minhas composições", revela Giuliano.
Sendo um multi-instrumentista versátil que, desde cedo, teve contato com diversos estilos musicais, o artista não só participou da 10ª edição do The Voice Brasil, como saiu vencedor pelo time Michel Teló, alcançando a expressiva votação de 33,98% dos votos.
Toda vez que se apresentou no programa da emissora Globo, Giuliano optou por um repertório genuinamente brasileiro. “Essa escolha foi pautada pela minha experiência pessoal e o desejo de mostrar a riqueza da música nacional”, conta.
Foi essa perspectiva que levou o artista a lançar seu primeiro disco, o “Universo em si”, pela Universal Music. Com direito a 14 faixas com voz, violão e arranjos de cordas de Giuliano e produção musical e direção musical de Kassin, a ideia do disco foi mostrar a trajetória do artista como compositor, cantor, violonista e arranjador. “No álbum, toco e canto músicas que estavam guardadas há bastante tempo, só esperando uma boa oportunidade para serem expostas ao mundo. A composição mais antiga do disco, "Conversa calada", foi composta há cerca de 9 anos, quando eu tinha 16 anos”, diz o artista.
Há, também, a participação de grandes artistas, como Mariana Aydar, Carlos Malta, Pretinho da Serrinha, Dirceu Leite e o próprio Kassin. Além disso, o álbum ainda teve participação da St. Petersburg Orchestra, com a regência do maestro Kleber Augusto, para executar arranjos elaborados pelo cearense.
Criado com muita dedicação, o disco possui uma peculiaridade, que vem do estilo próprio de Giuliano. “A sonoridade do disco foi pensada de maneira a não ofuscar a relação simbiótica que existe na minha maneira de tocar o violão e cantar ao mesmo tempo. Dessa forma, na maioria das músicas a formação é bem reduzida, com apenas um instrumento a mais além da voz e do violão. No entanto, em algumas das canções, está presente uma orquestra de cordas de 24 músicos acrescida de 2 instrumentos de sopros, que inevitavelmente trazem um senso de grandeza à elas. Porém, mesmo nessas canções existem espaços para a junção da voz com o violão se mostrarem presentes e predominantes”, explica.
Sobre as composições em si, nota-se uma variedade de estilos e estruturas musicais que refletem a diversidade das experiências que Giuliano teve nos seus quase 20 anos de relação com a música e cerca de 15 anos de palco. “É possível perceber influências do Choro, da Bossa Nova, do Forró, do Samba Jazz, do Samba de raiz, da Música Clássica e da MPB. O resultado desses critérios que nortearam a intenção, a escolha do repertório e a idealização dos arranjos, é um disco minimalista, intimista, suave, com letras majoritariamente passionais, que possui uma variedade de humores e formas de compor”, revela.
História de Giuliano
O disco “Universo em si” é o primeiro lançamento responsável por guiar a vontade de Giuliano de ser um artista com uma trajetória respeitável, que conhece a música que é feita no seu país e que quer trazer para seu público uma maneira bonita de se ver a vida, na sua simplicidade e na sua diversidade.
No entanto, a trajetória do compositor começou muito antes, quando tinha apenas 07 anos. Natural de Bela Cruz, no interior do Ceará, Giuliano herdou seu interesse artístico pela família. A mãe, Rosi Freitas, é artista plástica. O pai, Ricardinho Matos, é cantor e violonista conhecido na cena musical cearense, assim como seu irmão, Vinícius Matos.
Na adolescência, o talento de Giuliano foi reconhecido e o proporcionou oportunidades únicas. Aos 13 anos, ele participou do Festival Choro Jazz 2010, em Jericoacoara (CE), em que também participaram artistas como Hermeto Pascoal, Arismar do Espírito Santo, Yamandú Costa, Dori Caymmi, entre outros.
Foi a partir disso que, no ano seguinte, surgiu o convite para se apresentar no quadro “De Olho Nele”, do programa Domingão do Faustão, ao lado do maestro Caçulinha. Depois disso, o jovem artista participou do programa “Som e Areia”, do canal Multishow, tocando ao lado de grandes nomes da MPB, como Roberta Sá, Davi Moraes, entre outros proeminentes músicos brasileiros.
Nas edições seguintes do Festival Choro Jazz, apresentou-se com o projeto Bandão Choro e Jazz, dividindo o palco com artistas renomados da música instrumental, tais como Arismar do Espírito Santo, Gilson Peranzzetta e Mauro Senize, além de integrar-se a projetos de amigos, atuando tanto como músico, quanto como co produtor musical e arranjador.
Quando estava próximo dos 20 anos, Giuliano participou de um duo com a violonista clássica da Bélgica, Zin Blondiau, trazendo sua primeira experiência com o repertório da música clássica, tocando composições do argentino Astor Piazzolla e do brasileiríssimo Heitor Villa-Lobos, além de composições autorais, também no estilo clássico.
Há dois anos, o cantor viaja com frequência à Europa, onde habitualmente toca com o seu irmão e o seu pai e, ainda, faz participações em festivais e projetos, como Une Chanson pour l’Éducation, na Suiça.
Com seu álbum recém lançado, Giuliano pretende viajar pelo Brasil e pelo mundo mostrando suas composições para expandir cada vez mais seu alcance. Nesses 15 anos de música, a busca por aprimoramento e conhecimento o levaram a desenvolver uma personalidade artística própria, que se relaciona a diversas fontes de expressão musical e visões de mundo.
Serviços
Data: 04 de Fevereiro
Horário: 20h
Local: Teatro Cesgranrio
Ingressos:
https://bileto.sympla.com.br/event/79264?utm_source=symplabileto-production&utm_medium=webapp_share&utm_campaign=webapp_share_event_79264
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