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11/01/2023 às 21h26min - Atualizada em 11/01/2023 às 21h26min

Segurança Pública cria força-tarefa para investigar assassinato de líder do MST em Araguatins

Cacheado, como era conhecido, foi morto a tiros no dia 13 de dezembro de 2022

Da Assessoria
Líder do MST foi executado por homens encapuzados e teve o pai assassinado quando ainda era criança - Foto: Divulgação
 
A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins instituiu uma força-tarefa para investigar o homicídio de Raimundo Nonato Silva Oliveira, ex-líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ocorrido no dia 13 de dezembro do ano passado, em Araguatins.

A medida consta na Portaria SSP-TO nº 04/2023, publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira, 10 de janeiro.

A força-tarefa contará com policiais civis que atuam no âmbito da Diretoria de Inteligência Policial (DIP) e da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), que prestarão apoio às investigações já iniciadas pela 11ª Delegacia de Polícia de Araguatins. O quantitativo de policiais civis que irão compor a força-tarefa será definido pelos respectivos diretores da DIP e da DRACCO.

“Uma determinação do governador Wanderlei Barbosa é fazermos todo o possível para darmos uma resposta à família e à sociedade. A Polícia Civil está empenhada e não tem medido esforços para elucidar esse homicídio que chocou a região e essa força-tarefa tem o objetivo de intensificar as investigações para que, em breve, possamos dar resposta”, destaca o secretário da Segurança Pública, Wlademir Costa.

 

O crime

Na madrugada do dia 13 de dezembro de 2022, Raimundo Nonato Silva de Oliveira, de 46 anos, conhecido como Cacheado, foi morto a tiros, enquanto dormia ao lado da namorada em Araguatins. Com base no depoimento da namorada, o líder recebeu diversos tiros disparados por três homens encapuzados que invadiram a residência, na Vila Cidinha.

Ainda não há informações sobre a motivação do crime, entretanto, nenhuma linha de investigação será descartada.

Cacheado era filho do camponês Francisco Saraiva de Oliveira, assassinado quando ele ainda era criança, o que motivou seu ingresso na luta popular, segundo o MST.

De acordo com Antônio Marcos, responsável pela área de Direitos Humanos do MST Tocantins, Cacheado sobreviveu a diversos atentados entre 2000 e 2015 e era “perseguido”.

“Ele sofria ameaças de pistoleiros, fazendeiros, da própria polícia do município e foi uma liderança que teve sua vida, a sua trajetória criminalizada, passou a vida toda respondendo a ação penal e criminalizado, ameaçado, pelo latifúndio na região”, afirmou.

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