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28/12/2022 às 23h16min - Atualizada em 28/12/2022 às 23h16min

Venezuelana consegue emprego e reconstrói a vida com a família em Araguaína: ‘está muito melhor’

Ela é graduada em pedagogia e está trabalhando em casa de acolhimento

Assessoria
Adriana e a família - Foto: Marcos Sandes
 
Aos 28 anos, a venezuelana Adriana Del Carmen Lira é mãe de três filhos, casada e mora em Araguaína há 11 meses. Ela e o marido estão empregados e são atendidos pelas equipes da prefeitura, que prestam assistência com objetivo de auxiliar as famílias na conquista da autonomia.

“Quando se trata da pessoa estrangeira, aqui tem todo apoio, além de mais oportunidades”, contou a imigrante.

Antes de chegar em Araguaína,  Adriana morou em outras cidades dos estados de Roraima e Amazonas nos últimos 4 anos. “Fiquei em Manaus, onde morávamos em um abrigo e passamos por muitas dificuldades. Meu marido veio primeiro para Araguaína, ficou uns oitos meses e depois eu trouxe os nossos filhos”, disse a refugiada

Graduada em pedagogia, atualmente a imigrante atua como cuidadora na Casa de Acolhimento Ana Caroline Tenório e o marido trabalha como ajudante de obras em uma construtora. Com a renda do casal, é possível sustentar o lar. “Nossa vida está muito melhor, Araguaína nos acolheu, hoje meus filhos estão todos estudando”, explicou Adriana.

Serviços prestados
No último ano, Araguaína atendeu 92 venezuelanos da etnia Warao. Atualmente, 59 pessoas divididas em 13 famílias estão em acompanhamento, sendo que os outros retornaram para cidades onde têm mais familiares.

Dentre os serviços oferecidos estão o acolhimento, atendimento social, orientações quanto a documentação, mercado de trabalho, saúde, educação, legislação brasileira e outros. Além da oferta de capacitação, a prefeitura auxilia na inserção no mercado de trabalho, cadastros em programas socioassistenciais e fortalecimento da cidadania.

“Hoje, a maioria dos imigrantes que pedem dinheiro nos sinais estão de passagem, juntando recursos para prosseguir em viagem. Dos que estão morando aqui, quase todos conseguiram se estabilizar e compreenderam as regras e costumes brasileiros. Nós continuaremos acompanhando em busca de zerar essa situação de vulnerabilidade”, destacou a diretora interina de Políticas Públicas Setoriais da Secretaria da Assistência Social, Rhaíssa da Rosa.

Por causa de ações como essas voltadas aos imigrantes, Araguaína está sendo reconhecida pela ONU (Organizações das Nações Unidas) com o selo da plataforma “MigraCidades: Aprimorando a Governança Migratória Local no Brasil”. O documento está previsto para ser entregue no dia 18 de janeiro.

O certificado MigraCidades tem como intuito contribuir para a construção e gestão de políticas migratórias de forma qualificada, planejada, segura, regular e responsável.

“Estamos muito felizes por esse reconhecimento. Nosso papel sempre foi oferecer aos imigrantes mais dignidade, autonomia e independência. Agora, vamos ampliar as ações com padronização do fluxo de atendimentos”, destacou a diretora Rhaíssa.

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