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13/12/2022 às 22h24min - Atualizada em 13/12/2022 às 22h24min

Justiça condena à prisão ex-presidentes do Naturatins e consultores ambientais por atos fraudulentos

Crimes teriam sido praticados em 2013 e 2014

Assessoria
Desmatamentos ilegais foram em Paranã e Cariri - Foto: Arquivo/MPTO
 
A Justiça condenou dois ex-presidentes do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) à prisão, um servidor e três consultores ambientais por fraudes que autorizavam a exploração florestal. Os crimes ambientais aconteceram nos municípios de Paranã e Cariri.

Segundo as denúncias do Ministério Público do Tocantins (MPTO), os ex-presidentes do Naturatins nos anos de 2013 e 2014 expediram atos administrativos fraudulentos que autorizavam os desmatamentos.

Em 2013, o então chefe do instituto, com a participação de um analista técnico e dois consultores ambientais, permitiu o desmatamento de mais de 250 hectares em áreas de preservação permanente e de reserva legal, equivalentes a 250 campos de futebol, em uma fazenda no município de Paranã.

No ano seguinte, quando o Naturatins estava sob novo comando, o presidente, com apoio de um consultor ambiental, autorizou o desmatamento ilegal de aproximadamente 600 hectares de reserva legal, área correspondente a 600 campos de futebol, em uma fazenda no município de Cariri.

Segundo o promotor de Justiça Francisco Brandes, esta é apenas uma das inúmeras investigações empreendidas pelo MPTO e acompanhadas pela Força-Tarefa Ambiental, relativas a ilícitos contra o meio ambiente, havendo o reconhecimento das fraudes pelo Poder Judiciário em praticamente todas.

“As ações promovidas pelo MPTO visam buscar a recomposição do dano ambiental e a recuperação das áreas ambientalmente protegidas, desmatadas ilicitamente, principalmente nos anos de 2012 a 2015”, ressaltou Brandes.

O promotor de Justiça Mateus Reis ressaltou que a grande maioria dos produtores rurais do Estado do Tocantins está em situação de regularidade ambiental, o que justifica a necessidade dessas investigações, a fim de promover a concorrência leal na atividade agroindustrial.

A promotora de Justiça Maria Juliana Naves do Carmo afirmou que o combate aos grandes desmatamentos e às fraudes em realocação de reserva legal no Estado continuará como prioridade do Ministério Público. Explicou também que a Força-Tarefa Ambiental foi substituída pelo Grupo Especial de Atuação Ambiental (Gaema).

Os nomes dos condenados não foram divulgados pelo Ministério Público, mas o AF Notícias apurou que os gestores do instituto nos anos em que teriam sido praticadas as ilegalidades eram Alexandre Tadeu Rodrigues, em 2013, e Stalin Beze Bucar, em 2014.

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