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10/12/2022 às 12h57min - Atualizada em 10/12/2022 às 12h57min

Áreas de conservação de espécies somam 62 milhões de hectares no país

Inicialmente, o Ministério do Meio Ambiente previa avaliar 7 mil espécies da fauna e flora. Até junho último, foram analisadas 8.761 espécies, sendo 5.511 de fauna e 3.250 de flora.

Da Redação
Agência Brasil - Brasília
Dimensão é seis vezes maior que prevista no projeto inicial - © Reprodução MMA/Luiz Filipe Varella (Aechmea winkleri) ; Matheus Volcan (Austrolebias univentripinnis); Rodrigo Lopes Ferreira (Spinopilar moria); Rodrigo B. Singer (Codonorchis canisioi)

  
As áreas para a conservação de espécies ameaçadas de extinção totalizam 62 milhões de hectares em 2022. O número é mais de seis vezes superior à projeção inicial da Estratégia Nacional para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (Pró-Espécies), do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

No lançamento do programa, em 2018, o projeto previa a atuação em 9 milhões de hectares. Segundo o ministério, a ampliação da área foi possível graças à conclusão de 11 Planos de Ação Territoriais para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (PAT), o que detalhou os limites de cada um dos 24 territórios contemplados na iniciativa.

De acordo com o MMA, a meta de avaliação do status de conservação das espécies também foi superada. Inicialmente, o ministério previa avaliar 7 mil espécies da fauna e da flora. Até junho deste ano, foram analisadas 8.761 espécies, sendo 5.511 de fauna e 3.250 de flora.

O novo cálculo – das áreas de conservação e do status das espécies – foi feito com a ajuda de um software de geoprocessamento e levou em consideração cada PAT. O trabalho também teve expedições de campo, que deram prioridade às espécies consideradas em perigo crítico e com foco naquelas que não possuem estratégia de conservação. Nesse caso, são 173 espécies, sendo 43% de fauna e 47% de flora.

Participação popular

Segundo o MMA, os documentos com as estratégias de conservação de espécies estão sendo construídos de forma participativa, considerando os aspectos socioeconômicos da região e o habitat dos animais e dos vegetais.

Os pesquisadores identificam as espécies-alvo definidas pelo projeto para mapear e subsidiar as pesquisas, avaliar o status de sua existência e as ações de conservação. Esse é o ponto de partida para reduzir o risco de extinção e garantir a sobrevivência das espécies.

Os planos também identificam os principais movimentos de pressão em cada um dos territórios para construir ações mais efetivas e que promovam o engajamento de toda a sociedade.

Para o próximo ano, o Pró-Espécies pretende melhorar a implementação das ações de controle e de sensibilização do combate aos crimes contra a fauna e flora. O programa também busca consolidar as medidas estabelecidas na Estratégia Nacional de Espécies Exóticas Invasoras (Eneei), para reduzir o impacto dessas espécies na diversidade biológica e nos serviços ecossistêmicos.

Prioridades

A escolha das áreas inseridas no Pró-Espécies levou em consideração fatores como a presença de espécies criticamente ameaçadas, em perigo ou vulnerável e sua localização por bacias hidrográficas. Tiveram prioridade territórios que não tinham instrumentos de conservação ou planos de ação.

Lançado em maio de 2018, o Pró-Espécies fomenta ações de prevenção, conservação, manejo e gestão que possam minimizar as ameaças e o risco de extinção de espécies, especialmente 290 criticamente ameaçadas, que não contavam com políticas públicas de conservação.

O projeto prioriza a integração da União e estados na implementação de políticas públicas e iniciativas que busquem reduzir as ameaças e melhorar a conservação das espécies-alvo. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a iniciativa foi estruturada de modo a combater as principais causas de extinção: perda de habitat, extração ilegal e espécies exóticas invasoras.
 

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