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05/12/2022 às 18h06min - Atualizada em 05/12/2022 às 18h06min

Maranhão recebe foguete que será lançado de Alcântara

Este é um importante passo para inserir o Brasil em um seleto grupo de países com capacidade de lançamento de veículos espaciais

Da Assessoria
Élcio Oliveira, diretor da Innospace, Luiz Fernando Renner, Edilson Baldez e Celso Gonçalo, da FIEMA - Foto: Divulgação
  
Com a chegada a São Luís do cargueiro Boeing 747, na noite de sábado (03), transportando carga especial contendo peças do foguete que será lançado do Centro Espacial de Alcântara, pela empresa espacial coreana Innospace, até o final de dezembro, marca um novo momento para a consolidação do Centro Espacial de Alcântara (CEA).  Ele tem altura de 16,3 metros, um metro de diâmetro e peso de 9,2 toneladas. O avião decolou de Seul, na Coreia do Sul, sexta-feira (02), fez uma parada técnica em Dubai, e seguiu para o Maranhão.

No Aeroporto Hugo da Cunha Machado, o diretor da empresa coreana Élcio Oliveira recepcionou comitiva da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), liderada pelo presidente Edilson Baldez das Neves, acompanhado dos vice-Presidentes da Executivos Luiz Fernando Renner e Celso Gonçalo, convidada especialmente para este ato especial. “Esse é um momento histórico para o Programa Espacial Brasileiro, e especialmente para o Maranhão, com as oportunidades que serão criadas com a instalação da indústria aeroespacial em nosso estado” - acentuou Edilson Baldez.

Esta é a primeira vez uma empresa privada enviará um foguete ao espaço a partir de Alcântara. Isso só foi possível devido ao acordo assinado em 3 de maio desse ano, quando a INNOSPACE, startup espacial sul-coreana para pequenos veículos lançadores, assinou um acordo com o Departamento Brasileiro de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) para lançar o SISNAV, um projeto de sistema de navegação inercial apoiados pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos do governo brasileiro) e AEB (Agência Espacial Brasileira). 

Será o primeiro voo de teste suborbital para validar o motor de primeiro estágio do HANBIT-Nano, que é um pequeno lançador de satélites de dois estágios, capaz de transportar uma carga útil de 50 kg. O HANBIT-TLV levará a bordo a carga SISNAV, um sistema de navegação inercial que está sendo desenvolvido pelo DCTA e outras instituições. Eles verificarão se o SISNAV opera bem em ambientes específicos como vibração, choque e alta temperatura, que ocorrem em todo o processo desde a decolagem e durante o voo transatmosférico. 

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