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23/11/2022 às 21h38min - Atualizada em 23/11/2022 às 21h38min

PF faz buscas em Tocantínia, Pedro Afonso e Rio Sono contra venda de madeira de terras indígenas

Extração ilegal de madeira estaria ocorrendo há vários anos

Da Assessoria
Foto: Divulgação / PF
 
A Polícia Federal no Tocantins deflagrou ontem (23) a uma operação que visa desarticular uma quadrilha responsável por desmatamentos na Terra Indígena Xerente, localizada no município de Tocantínia. A operação contou com o apoio da Polícia Militar, Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Ao todo, 52 policiais federais cumpriram seis mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Federal, nos municípios de Tocantínia, Rio Sono e em Pedro Afonso, todos no Tocantins.

Conforme a PF, as investigações revelaram que vem ocorrendo, de forma sistemática, desmatamentos nas aldeias indígenas da etnia Xerente há vários anos. Indígenas e não-indígenas casados com indígenas estão praticando o desmatamento e a venda ilegal de madeira para comerciantes e atravessadores de cidades próximas as aldeias.

A PF afirmou que até o presente momento foram identificados 16 suspeitos de terem participação ativa nos desmatamentos e comércio da madeira retirada ilegalmente. Os atravessadores por sua vez, compram a madeira derrubada e fornecem insumos aos índios, como motosserras, gasolina, transporte e demais materiais necessários para a extração ilegal do vegetal.

Com a operação, a PF pretende identificar todas as pessoas que têm envolvimento com os crimes ambientais ocorridos, bem como os compradores finais da madeira (receptadores).

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de desmatamento de florestas em terras de domínio público, associação criminosa e receptação, cujas penas somadas podem chegar a 10 anos de reclusão.

O nome da operação Quebra-Galho é uma alusão ao nome do local onde ocorreu grande parte do desmatamento, no entorno do córrego Galho Grande, na mata Jenipapo – TI Xerente, em Tocantínia.

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