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01/11/2022 às 09h41min - Atualizada em 01/11/2022 às 09h41min

Inovação social é tema de bate-papo na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Promoção e difusão e popularização da ciência e incentivar a interação entre academia, setor produtivo e população.

Flávia Bessa - (MTb 4469/DF)
Embrapa Cocais
Foto: Divulgação/Embrapa Cocais

  
A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia - SNCT, evento anual do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações - MCTI para promover a difusão e popularização da ciência e incentivar a interação entre academia, setor produtivo e população, voltou a ser realizado esencialmente. Em São Luís, ocorreu de 18 a 21 de outubro na Pracinha do Convento das Mercês e contou com a participação da Embrapa Cocais em debate sobre Inovação Social. No estado do Maranhão, o evento científico é organizado anualmente pelo Governo do Maranhão por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI).

O debate sobre Inovação Social foi realizado em parceria com a Secti, no formato do Inova Talks, em um ambiente leve, descontraído e com pautas atuais de forma fomentar a discussão entre representantes do mercado, governo, universidades e sociedade. Embrapa Cocais e Secti desenvolvem cooperação técnica em parceria com a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular - SEDIHPOP e a startup Conecta Brasil 360 para desenvolver metodologia técnico-científica de implantação, monitoramento e avaliação de estratégia de inovação social no estado do Maranhão a ser transformada em política pública.

A chefe-adjunta de transferência e tecnologia, Guilhermina Cayres, falou sobre o tema “Inovação social e intercâmbio de conhecimentos com babaçu e quebradeiras de coco do Maranhão” e lembrou que a iniciativa do projeto para desenvolvimento de inovação social e empreendedorismo se espelhou no negócio Delícias do Babassu, gerido por quebradeiras de coco babaçu quilombolas da Comunidade de Pedrinhas Clube de Mães de Anajatuba.

Segundo informou, instituições e quebradeiras de coco estão construindo juntas, desde 2021, metodologia a trilhar a partir do saber tradicional para fazer inovação social. A Embrapa Cocais está há mais tempo nesse processo. “Em 2017, por conta do Edital da Fapema, começamos o trabalho com parceiros, chefes de cozinha e o desenvolvimento de novos produtos (sem glúten e sem lactose), como biscoitos e sorvetes - já fabricados pelas quebradeiras -, com características exigidas pelo mercado. Chefs e pesquisadores mostraram diferentes técnicas de fabricação e preparo para melhorar a aceitação pelo público consumidor e aumentar o tempo de prateleira. Atualmente, também estamos desenvolvendo bebida tipo leite e o análogo de queijo oriundos do babaçu, e ainda alimento tipo leite condensado, bebida tipo café, farinha de amêndoa, amêndoa ralada, hambúrguer e processamento do gongo”.

Para Gabriela Rodrigues, assessora da Secti, as comunidades tradicionais promovem seu processo de inovação social há muito tempo. Nosso papel é valorizar essas tecnologias sociais, que impactam não só para a qualidade de vida dessas mulheres como também o desenvolvimento dos territórios em que estão”.

Espera-se que as quebradeiras de coco se tornem donas do próprio negócio e destino, ganhem autonomia e se reconheçam e se valorizem, para que a sociedade também faça esse reconhecimento e valorização. “Inovação social é processo, meio de se chegar a algum lugar. O papel da pesquisa é contribuir no desenvolvimento da tecnologia e produto social com valor de mercado para valorizar o saber e os modos de fazer tradicionais e o potencial do babaçu como espécie da sociobiodiversidade e identidade cultural do Maranhão”, completou Guilhermina.

 
 

 


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